Alcolumbre encara Bolsonaro e diz que não aceita pressão
Presidente da CCJ do Senado diz estar sendo atacado para marcar a sabatina de André Mendonça, indicado a ocupar uma vaga no STF

Ferreira Gabriel
Publicado em: 13/10/2021 às 20:23 | Atualizado em: 13/10/2021 às 20:25
O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), afirmou, nesta quarta-feira (13), que não aceitará ameaça para marcar a sabatina do ex-chefe da Advocacia Geral da União (AGU) André Mendonça. Ele foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro a uma vaga no STF.
“Tenho sofrido agressões de toda ordem. Agridem minha religião, acusam-me de intolerância religiosa, atacam minha família, acusam-me de interesses pessoais fantasiosos. Querem transformar a legítima autonomia do presidente da CCJ em ato político e guerra religiosa. Reafirmo que não aceitarei ser ameaçado, intimidado, perseguido ou chantageado com o aval ou a participação de quem quer que seja”, declarou Alcolumbre.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, também nesta quarta-feira, em entrevista à CNN, que ainda aguarda a sabatina de Mendonça, e que Alcolumbre não segue a Constituição Federal.
“Eu ainda aguardo a sabatina do André Mendonça no Senado Federal. Ele [Davi Alcolumbre] age fora das quatro linhas da Constituição”, ressaltou Bolsonaro, que oficializou a indicação de Mendonça ao STF em julho.
Segundo Alcolumbre, no momento tramitam “cerca de 1.748 matérias” na CCJ, “todas de enorme relevância para a sociedade brasileira”.
O senador justifica que a prioridade do Legislativo “deve ser a retomada do crescimento, a geração de empregos e o encontro de soluções para a alta dos preços que corroem o rendimento dos brasileiros.”
O ministro Ricardo Lewandowski, do STF, negou, na segunda-feira (11), o pedido para marcar a sabatina de Mendonça, após os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru (Podemos-GO) entrarem com um mandado de segurança.
De acordo com o magistrado, a sabatina é de competência do Congresso.
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Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado