A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, está mesmo deixando o Democratas, agora União Brasil, após o TSE autorizar a fusão com o PSL. Ela vai se filiar ao Progressistas (PP).
O presidente nacional da legenda, Ciro Nogueira (PI), o super ministro da Casa Civil, enviou convite à bancada de deputados federais de senadores para a cerimônia de filiação de Tereza no próximo dia 12 de março.
Único membro do Progressistas do Amazonas no Congresso Nacional, o deputado federal Átila Lins, que é presidente estadual, classificou a entrada da ministra como “muito importante para o partido”.
“Grande quadro do nosso agronegócio e do Brasil. Trará um grande avanço ao nosso partido. O Progressistas eleva ainda mais seus quadros e enriquece enormemente nossa bancada”, disse.
Apesar dos rumores de que poderia ser vice na chapa do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), a ministra deve concorrer ao Senado pelo Mato Grosso do Sul, incentivada pelo agronegócio.
Após perder Bolsonaro para os liberais, os caciques progressistas, como o ministro Ciro Nogueira e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL), agem nos bastidores para que um nome do partido seja o vice de Bolsonaro.
No entanto, há uma movimentação intensa na caserna para que outro general – já que Hamilton Mourão foi descartado da chapa de reeleição e deve concorrer ao Senado pelo Republicanos, no Rio Grande do Sul – seja o segundo homem no comando do Planalto e do país, caso Bolsonaro se reeleja.
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União Brasil tem primeira baixa
A filiação de Tereza no Progressistas é uma das primeiras baixas do União Brasil entre os integrantes do primeiro escalão do governo Bolsonaro.
Ela se elegeu deputada federal pelo DEM, que se fundiu com o PSL. O novo caminho do partido, que deve apoiar ou abrigar um candidato da terceira via, não empolgou a ministra da Agricultura.
Considerada técnica, a ministra que integra a bancada ruralista e já presidiu a Frente Parlamentar da Agropecuária, passou três anos sem os desgastes que colegas sofreram, mas tem sido alvo de adversários de Bolsonaro desde a aprovação do projeto de lei 6.299, de 2002.
O projeto dá mais poder ao Ministério da Agricultura para autorizar o uso de novos agrotóxicos. Ambientalistas e parlamentares da oposição apelidaram o projeto de “PL do veneno”.
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Damares fora do Senado
Outra mulher do primeiro escalão, a ministra Damares Alves, dos Direitos Humanos e Família, desistiu de sair candidata ao Senado por São Paulo. O convite havia sido feito pelo próprio Bolsonaro.
Ela vinha sendo cotada para integrar o núcleo central de candidatos bolsonaristas em São Paulo, encabeçado pelo ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, que deve disputar o governo.
Pelas redes sociais, Damares disse que ficou honrada pelo convite do presidente da República. “Não aceitei o convite por acreditar que no estado [de São Paulo] temos em nossa base muita gente boa, com grandes chances de eleição”, publicou em rede social.
No entanto, a ministra não descartou disputar as eleições deste ano pelo Norte ou Nordeste. “No momento, precisamos reforçar nossa base em alguns estados e quero ajudar os amigos do Norte e do Nordeste nesta tarefa”, escreveu.
A ministra havia manifestado a possibilidade de entrar na corrida eleitoral pelo Amapá, insinuando que o ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) poderia ser seu rival. Nesta terça, entretanto, ela não citou nenhum estado especificamente.
Contudo, hoje Damares viajou ao estado de Alcolumbre. Diz-que em “missão oficial” .
Com informações da Agência Estado
Foto: Reprodução/ R7