STJ leva desembargador ao banco dos réus por corrupção
Mario Guimarães Neto é acusado de suposto recebimento de R$ 6 milhões em propinas para garantir ‘decisões favoráveis’ a empresários do setor de transportes do Rio

Mariane Veiga
Publicado em: 06/05/2022 às 16:44 | Atualizado em: 06/05/2022 às 16:47
Os ministros que compõe a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheram denúncia contra o desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) Mario Guimarães Neto (foto), colocando o magistrado no banco dos réus por supostos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
A acusação foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) na esteira das Operações Descontrole e Quinto do Ouro e imputa a Guimarães Neto o suposto recebimento de R$ 6 milhões em propinas para garantir ‘decisões favoráveis’ a empresários do setor de transportes do Rio.
A decisão foi tomada, por unanimidade, em julgamento realizado na quarta-feira, 4. Seguindo o voto da ministra relatora, Maria Isabel Gallotti, o colegiado também manteve o afastamento do magistrado de suas funções no Tribunal de Justiça fluminense, além da proibição de contato com funcionários e de uso dos serviços prestados pela corte, por um ano.
A denúncia oferecida em junho de 2020 pelo MPF ainda atingiu outras seis pessoas, entre elas a esposa do magistrado, Gláucia Iorio de Araújo Guimarães.
Tais acusações serão analisadas pela Justiça Federal do Rio, uma vez que o STJ julga ações contra autoridades com foro de prerrogativa por função.
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Foto: Reprodução