Procuradores pedem à PGR investigação criminal de Bolsonaro

Integrantes do MPF enviaram documento ao procurador-geral da República, Augusto Aras.

Procuradores pedem à PGR investigação criminal de Bolsonaro

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 13/01/2023 às 06:40 | Atualizado em: 13/01/2023 às 06:45

Um grupo de integrantes do Ministério Público Federal (MPF) pediu ontem (12) que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue o ex-presidente Jair Bolsonaro pelo crime de incitação.

Dessa forma, eles enviaram ao procurador-geral da República, Augusto Aras, uma representação criminal contra Bolsonaro assinada por 79 procuradores e subprocuradores. Como informa o Correio Braziliense.

Assim, os signatários pedem que Bolsonaro seja investigado no âmbito dos inquéritos das fake news, dos atos antidemocráticos e das milícias digitais, que estão sob supervisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Sobretudo, Bolsonaro fez uma postagem na madrugada entre 10 e 11 de janeiro de 2023, questionando o resultado das eleições presidenciais de 2022.

Com isso, de acordo com o documento, isso teria conexão com os crimes apurados pelo STF.

Por exemplo, a publicação, contendo um vídeo, foi compartilhada por Bolsonaro em sua conta do Facebook.

Ou seja, nela, a contagem dos votos registrados pelas urnas eletrônicas foram questionados e apontaram uma suposta fraude nas eleições.

Desse modo, os procuradores e subprocuradores detalharam no documento:

O vídeo mostraria um trecho de uma entrevista de um procurador do estado do Mato Grosso do Sul, em que este defende que a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria sido fraudada e que o voto eletrônico não seria confiável.

Portanto, no recorte do vídeo compartilhado por Bolsonaro, o procurador do Mato Grosso do Sul afirma que Lula não foi eleito pelo povo, mas, sim, escolhido pelo Supremo e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“E isso feito poucos dias após, frise-se, o maior episódio de depredação que Brasília/DF já vivenciou”, ressaltaram os signatários.

Conforme os integrantes do MPF, em referência ao ato antidemocrático que resultou em um grave episódio de vandalismo aos edifícios dos Três Poderes da República no domingo (8/1).

Leia mais no Correio Braziliense.

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Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE