Com articulação de Aziz, prefeito de Manaus tem encontro com Lula

O presidente Lula da Silva (PT) vai receber nesta terça-feira (14) o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), em encontro articulado pelo senador Omar Aziz (PSD-AM).

Será o primeiro encontro de Lula com o prefeito após as eleições de 2022. Almeida apoiou o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), que acabou derrotado pelo petista.

Dessa forma, esse encontro de “adversários” foi articulado por Aziz e, segundo sua assessoria, a reunião é para o prefeito apresentar as demandas da capital. Por exemplo, solução de moradia para os habitantes de mais de 60 áreas de alto risco em Manaus, como a que vitimou oito pessoas na madrugada desta segunda (13).

Manaus é uma cidade entrecortada por igarapés e, com os barrancos, quando se tira a mata ciliar não tem jeito, a natureza age se protegendo. É necessário fazer uma política de governo de habitação para tirar essas pessoas de lá. Amanhã o presidente Lula deve me receber junto com o prefeito para que a gente possa ter uma política nesse sentido e evitar outras tragédias em Manaus” afirmou Aziz.

O encontro, portanto, deve ter essa recente tragédia como pano de fundo, conforme já adiantou também Almeida.

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Centena de ocorrências

Segundo nota oficial da Prefeitura de Manaus, oito corpos foram localizados e três pessoas foram resgatadas com vida.

O Centro de Cooperação da Cidade (CCC) registrou mais de 120 ocorrências de defesa civil e trânsito por toda Manaus durante o domingo e uma operação conjunta foi feita para atender os bairros mais afetados da capital.

Ainda de acordo com a prefeitura, a zona norte foi a mais impactada, sendo os bairros Monte das Oliveiras e Cidade Nova as localidades com maior incidência de pontos de alagamentos e deslizamentos.

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Dezenas de áreas de risco

Almeida disse que os moradores do local da tragédia tiveram papel heroico na procura pelas vítimas. E afirmou vai buscar alternativas para o problema junto ao governo federal.

Temos mais de mil áreas como essa em Manaus. Dessas mil áreas, 62 são de alto risco. Já fizemos [obras] em 17 áreas no ano passado e temos programado mais vinte áreas prioritárias como essa. Fizemos grandes intervenções, mas buscamos mais investimentos para a gente poder aplicar nessas áreas e dar uma moradia digna para essas pessoas.

Foto: Divulgação