Amazônia: agentes do MPF e Ibama viram reféns em terra indígena
Motivo é a construção de um linhão de energia que teria derrubado "árvores sagradas"

Publicado em: 14/03/2024 às 11:57 | Atualizado em: 14/03/2024 às 12:28
Um procurador do Ministério Público Federal (MPF-AC), três superintendentes do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Ibama) e quatro funcionários do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) foram impedidos de deixar a Terra Indígena Campinas/Katukina, distante 80 quilômetros da cidade de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, nesta quarta-feira (13). A informação foi confirmada ao g1 pelo instituto.
No começo da tarde, os funcionários do Idaf foram liberados e horas depois as demais pessoas. À Rede Amazônica, o cacique da aldeia, Edilson Rosas Noke Koi negou que a comunidade tivesse feito os servidores reféns e que apenas estava tentando resolver questões relacionadas a obras que estão sendo executadas na região.
Na comitiva que visitou o local, também estavam outros funcionários do MPF. De acordo com o Instituto, os indígenas pediam um valor de R$ 30 milhões em conta para liberá-los. Imagens enviadas ao g1 mostram o início da discussão entre a liderança indígena e a comitiva durante a reunião.
O processo de negociação era para que os indígenas tivessem alguns benefícios para a comunidade após a construção do ‘Linhão’, que liga Rio Branco a Cruzeiro do Sul. Na ocasião, o MPF foi ao local para formalizar a assinatura do termo de adesão.
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Foto: Divulgação