Nos próximos dias, a Prefeitura de Manaus vai contabilizar nos cofres previdenciários R$ 17 de 28 milhões que foram aplicados por prefeito anterior a Arthur Neto (PSDB) no fundo Diferencial/Recuperação Brasil, no final de dezembro de 2010, um dos fundos problemáticos que afundaram a Manaus Previdência.
Arthur divulgou nesta sexta, dia 20, que a Manaus Previdência vai receber nos próximos dias aproximadamente R$ 9 milhões desse fundo, um dos que prejudicam a carteira de investimento da Manaus Previdência.
Para o prefeito atual, essa foi uma ações de gestões anteriores que deixaram a previdência municipal falida. Arthur disse que está conseguindo recuperar esses investimentos equivocados como “resultado de uma gestão equilibrada e que obteve o reconhecimento nacional por suas boas práticas na gestão previdenciária” .
Manaus recebeu em 2017 o prêmio nacional de prefeitura com “Boas Práticas de Gestão Previdenciária”, ficando em quarto lugar entre as dez instituições previdenciárias de grande porte do país.
O reconhecimento veio por a prefeitura ter site próprio, com transparência nos relatórios de gestão, possuir política de investimento, publicar atas de conselhos, extrato previdenciário, código de ética, ter política de segurança da informação e Certificado de Regularidade Previdenciária válido.
De acordo com o prefeito, esses valores resgatados estão sendo investidos em fundos confiáveis e que oferecem rentabilidade.
“Conseguimos, junto com outros cotistas, trocar o gestor do fundo, uma política que implementamos no final de 2016, visando recuperar os investimentos nesse e em outros fundos problemáticos que ainda temos em nossa carteira”, disse o diretor-presidente da Manaus Previdência, Silvino Vieira.
Números previdenciários
Levantamento feito pela Superintendência de Investimentos (Supinv) aponta que a rentabilidade no primeiro trimestre de 2018 foi de 4,28%, desconsiderando os fundos problemáticos. Com estes, a rentabilidade fica em 2,83%.
Em igual período do ano passado, esse resultado foi de apenas 0,47% devido ao impacto negativo dos fundos problemáticos.
Arthur disse que atualmente a previdência municipal ainda tem investimento em 14 fundos problemáticos, conhecidos como “podres”. Isso equivale a R$ 96 milhões, ou 10% da carteira de investimento da Manaus Previdência.
O prefeito revela que todos esses investimentos foram realizados no período de 2008 a 2012. Há sete anos, eram 17 fundos podres, que levavam 52% da carteira previdenciária do município.
No balanço de 2017, a previdência fechou com superávit patrimonial de R$ 5,3 milhões. Outros números da instituição estão publicados no endereço http://manausprevidencia.manaus.am.gov.br/relatorios-investimentos/
Foto: Divulgação/Semcom