Ausente das redes sociais na internet desde janeiro, depois que passou o bastão do poder Executivo, o ex-governador Amazonino Mendes (PDT) reapareceu no final da tarde desta quarta, dia 27, para defender sua gestão quanto à saúde financeira do estado que passou para o governador Wilson Lima (PSC). Ele repetiu o que afirmava desde a campanha eleitoral de 2018, de que o Amazonas tinha as finanças equilibradas.
Wilson, ao contrário, até hoje fala que Amazonino deixou um rombo superior a R$ 3 bilhões, sendo mais de R$ 2 bilhões só no setor de saúde.
Um estudo da RC Consultores, publicado no último dia 25 pelo jornal Valor Econômico , é a base das afirmações de Amazonino no post que fez em sua página no Facebook com mais de 42,5 mil seguidores.
Segundo ele, o estudo confirma que o governo que entregou a Wilson tinha situação financeira classificada como “boa”. “O Amazonas fechou 2018 entre os sete mais bem colocados no ranking dos estados que tinham as contas equilibradas e capacidade financeira para investimentos”, afirma Amazonino.
Pelo ranking da consultoria, o Governo do Amazonas tinha uma receita disponível de R$ 10,9 bilhões na passagem de Amazonino para Wilson.
Reprodução/Valor
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Sétimo em receita
Ainda segundo o estudo, essa finança corresponde a 83% da receita corrente líquida, à frente de estados ricos, como São Paulo. A primeira posição é do Distrito Federal, com 88%. A última, na pior situação, é de Minas Gerais, com 27% de receita disponível em relação à receita corrente líquida.
“Peço atenção às reportagens da imprensa nacional e do nosso Amazonas sobre a boa situação econômica em que deixamos o Estado, após meu curto governo de pouco mais de um ano. As contas estavam em dia, longe daquilo que, de forma irresponsável, chegou a ser dito”, publicou Amazonino no Facebook.
O ex-secretário de Fazenda (Sefaz) Alfredo Paes disse que a reportagem com o estudo confirma “a situação absolutamente equilibrada” das finanças do estado na passagem de governo.
Acrescentou Paes que os gastos com o pessoal ficaram dentro do percentual exigido legalmente, com R$ 18 bilhões arrecadados e R$ 17,6 bilhões comprometidos.
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Fotos: Reprodução/TV