Três mil protestam em Manaus contra bloqueio de verbas pelo MEC

Protesto Praça da Saudade

Israel Conte

Publicado em: 15/05/2019 às 20:01 | Atualizado em: 15/05/2019 às 20:06

Um público estimado pelos organizadores em três mil pessoas continuou na tarde desta quarta-feira, dia 15, o protesto iniciado pela manhã contra o bloqueio de verbas na educação pelo governo federal.

A passeata iniciou na praça da Saudade, seguiu pelas avenidas Epaminondas, Sete de Setembro, Eduardo Ribeiro e terminou na Praça do Congresso, em frente ao Instituto de Educação do Amazonas (IEA).

Além de servidores e estudantes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), universitários de instituições particulares e da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) se uniram ao movimento.

 

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Pelo menos 75 das 102 universidades e institutos federais do País convocaram protestos para hoje em resposta ao bloqueio de 30% dos orçamentos determinado pelo Ministério da Educação (MEC).

Com o contigenciamento, Ufam e Ifam perdem recursos de quase R$ 65 milhões.

 

 

MPF quer saber 

O Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas quer saber quais os impactos que o bloqueio de verbas do Ministério da Educação (MEC) vai causar na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e no Instituto Federal do Amazonas (Ifam).

Para isso, requisitou dos reitores das duas instituições e também dos diretores do campus da Ufam Alto Solimões – Benjamin Constant e do Ifam – Polo Tabatinga, informações se as medidas do Decreto nº 9.725/2019 resultarão na extinção de cargos em comissão e funções de confiança naquele estabelecimento, e se o fim desses postos atinge negativamente atividades administrativas e acadêmicas – indicando os eventuais problemas decorrentes dessa determinação, bem como riscos administrativos e acadêmicos.

As unidades também deverão indicar se o fomento aos projetos de ensino, pesquisa, extensão, empreendedorismo e inovação promovidos pela instituição serão afetados pelo bloqueio orçamentário imposto a órgãos da administração pública pelo Decreto nº 9.741/2019.

 

Foto e vídeo: João Victor Barros/Cortesia