O deputado Sidney Leite (PSD) apresentou emenda à medida provisória enviada pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso estabelecendo o pagamento do novo auxílio emergencial em quatro parcelas mensais de R$ 250, em média, a serem pagas a partir do próximo mês.
O deputado amazonense quer o valor ampliado para R$ 500,00 e o pagamento até dezembro. “Esta é uma pauta que interessa não só à economia, mas também ao povo brasileiro”, justificou.
Segundo ele, o ministro da Economia, Paulo Guedes, sabe da necessidade e da importância que tiveram os R$ 600 no ano passado.
“Por isso, estou apresentando uma emenda para que possamos corrigir o valor do novo auxílio emergencial para R$ 500 e para que ele perdure até dezembro. Particularmente, não creio que, tão cedo, nós conseguiremos imunizar grande parte da população brasileira”, disse.
Os valores propostos pelo governo Bolsonaro, na opinião do deputado, estão fora da realidade brasileira, sobretudo do Amazonas.
Explicou que 47% dos amazonenses vivem abaixo da linha da pobreza. Do total de inscritos no cadastro único (668 mil), somente 405 mil receberam, em fevereiro, o Bolsa Família. Ou seja, mais de 260 mil pessoas estão excluídas do programa.
“A realidade do Amazonas é a realidade do Brasil: muitas pessoas, neste momento, não têm nem sequer o que comer e, muito menos, condições mínimas de comprar produtos de higiene para fazer frente à pandemia”, afirmou.
Ministério
Leite diz que o Ministério da Saúde não vem respondendo às demandas apresentadas pelos estados e municípios.
“O meu Estado, que tem a maior população indígena do País e que faz divisa com outros Estados e também com vários países, foi manchete nacional e internacional por causa da velocidade da pandemia e da destruição que ela causou, principalmente, na cidade de Manaus”, lembrou.
Para ele, o ministro Paulo Guedes reconhece que o caminho correto, seja da perspectiva da saúde, seja do ponto de vista da economia, é a vacina.
“Nós, contudo, não temos vacina suficiente neste momento para vacinar a grande maioria do povo brasileiro. Isso nos remete à necessidade não só de seguirmos as orientações das autoridades de saúde, mas também de termos instrumentos de auxílio à população, que tanto precisa, num país extremamente desigual”.
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Foto: Divulgação/PSD