Senador do AM defende taxação das grandes fortunas

De acordo com Plínio Valério, a cobrança de impostos no Brasil pesa mais sobre os mais pobres, portanto, é necessário corrigir as distorções

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Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 25/06/2021 às 21:36 | Atualizado em: 25/06/2021 às 21:36

Após votar contra a privatização da Eletrobrás, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) voltou a defender um tema mais próximo dos partidos de esquerda no Congresso Nacional. Trata-se da taxação das grandes fortunas no país.

Por pedido de vista do ministro Gilmar Mendes, o Supremo Tribunal Federal (STF) paralisou nesta sexta-feira (25) o julgamento da ação movida pelo Psol que pede o reconhecimento de omissão do Congresso em discutir taxação de grandes fortunas.

A sigla de esquerda quer o cumprimento do artigo 153 da Constituição no qual estabelece que caberá ao poder legislativo a criação de lei complementar para regular o imposto sobre grandes fortunas.

O Psol destacou que o Congresso está demorando mais de três décadas para tomar providência e votar projetos sobre o tema.

“O aumento da fortuna nas mãos de poucos e o crescimento da desigualdade que assola o país mostram a necessidade de votarmos a taxação das grandes fortunas”, disse o senador.

No contexto atual, o parlamentar diz que o assunto ganha urgência. “Meu projeto está pronto para ser analisado (183/2019)”.

Na avaliação dele, o tema gera muita desinformação. “Apenas vamos corrigir uma distorção no nosso sistema tributário onde bilionários, que possuem jatinhos e iates, não contribuem como deveriam”, disse.

De acordo com ele, a cobrança de impostos no Brasil pesa mais sobre os mais pobres, portanto, é necessário corrigir as distorções.

“Além de corrigirmos essas injustiças, meu projeto estará cumprindo uma previsão constitucional. O imposto sobre grandes fortunas está previsto na Constituição”.

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Foto: Divulgação