O deputado federal Átila Lins (Progressistas-AM) é o único integrante da bancada do Amazonas na Comissão Mista de Orçamento. Esse colegiado do Congresso Nacional foi instalado hoje (7).
Formada por 11 senadores e 31 deputados, a comissão vai definir os programas prioritários e o orçamento da União para 2022. Ela é considerada uma das mais importantes do Congresso.
Na posição de suplente do bloco formado pelo Avante, Patriota, PL, Podemos, Progressistas, Pros, PSC, PSD, Republicanos, PTB, PSL, DEM, MDB, PSDB, Lins já definiu uma espécie de linha de atuação.
“Defender os interesses do Amazonas com muita firmeza, impedindo que o nosso estado seja prejudicado na divisão dos recursos do orçamento da União”, disse ao BNC Amazonas em Brasília o decano da bancada.
Átila Lins também destacou como obra prioritária para o Amazonas o asfaltamento da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho (RO).
“Tem casos pontuais, como viabilizar recursos para a BR-319 e incrementar o programa Luz para Todos . Isso para ver se o Amazonas avança cada vez mais, oferecendo energia elétrica para os rincões mais distantes. Também não esquecer da saúde, educação e assistência social”, disse.
A abandonada BR-319
Uma vez asfaltada, a BR-319 viabilizaria a ligação terrestre de Roraima e o Amazonas com o restante do país.
A estrada de 885 quilômetros tem problemas no chamado trecho do meio, de 405 quilômetros.
Segundo o governo federal, há intenção de iniciar o asfaltamento dessa parte, dividida em quatro lotes, no início de 2022.
O custo estimado da obra é de R$ 1,5 bilhão, ao longo de quatro anos.
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Meio ambiente a respeitar
Os críticos veem como maior problema os danos ambientais na consolidação do empreendimento. Sobretudo, com o aumento do desmatamento e ameaça aos povos indígenas que habitam o entorno da rodovia.
A obra da BR-319, portanto, ainda esbarra no licenciamento ambiental.
Em recente audiência na Câmara dos Deputados, o diretor de licenciamento ambiental do Ibama, Jonatas da Trindade, disse que depende de mais informações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para concluir o licenciamento do trecho do meio.
“Considerando a existência de terras indígenas e de unidades de conservação na região, é importante o envolvimento e a participação, no âmbito do licenciamento, dos entes envolvidos. Dependemos diretamente de autorizações, anuências e manifestações de diversos órgãos”, explicou.
Foto: Cláudio Andrade/Câmara dos Deputados