Com a casa cheia pela militância, o MDB no Amazonas realizou sua convenção na manhã deste sábado, dia 4, em Manaus, para referendar o nome do senador Eduardo Braga à reeleição. O partido não tem candidato a governador, e nem tratou na convenção se vai apoiar abertamente algum dos nomes que já estão postos.
Na fase de pré-candidatura, Braga esteve mais próximo de Amazonino Mendes (PDT), candidato à reeleição ao Governo do Estado.
Também andou muito perto de Omar Aziz (PSD), por várias vezes, mas não se tem notícia de que tenham tratado de apoiamento político ao candidato a governador. A pauta girou sempre sobre a Zona Franca de Manaus (ZFM) e seu polo de concentrados de refrigerantes.
Na convenção de hoje, centrada na figura de Braga como nome de maior expressão do partido, também foram confirmados nomes que disputarão os cargos proporcionais. Ele destacou os candidatos à reeleição a deputado federal Gedeão Amorim e estadual Alessandra Campelo.
Ganhou destaque também na fala de Braga o candidato a deputado federal Gerson Feitoza, dirigente de associação de policiais militares, atribuindo a ele “o resgate do respeito e da dignidade” para a categoria.
Dos prefeitos aliados, foram citados como presentes à convenção o de Lábrea, Gean Barros, e de Barreirinha, Glênio Seixas. O prefeito de Presidente Figueiredo, Romeiro Mendonça, do PDT de Amazonino, também foi mencionado como apoiador da candidatura medebista.
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Realizações da carreira
Braga, ao lado da mulher e suplente Sandra, usou a maior parte do tempo para falar de realizações de seus oito anos como governador (2003-2010) e sua atividade no Senado em defesa da ZFM.
Citou a construção da ponte sobre o rio Negro, obra que custou aos cofres públicos mais de R$ 1 bilhão, e que “olhava mais longe, com a visão de gerar emprego, segurança, de [construir] um Amazonas melhor e a região metropolitana de Manaus”.
Sobre emprego, disse que no seu governo liderou “a maior geração de empregos em Manaus e no interior do estado”. Como ministro das Minas e Energia do governo petista de Dilma Rousseff, destacou sua atuação na interligação de Manaus ao sistema nacional via linhão de Tucuruí.
Falou sobre reformas no país que o próximo presidente deverá fazer, como a tributária. Sobre essa, disse que “nós vamos precisar ter voz corajosa e independente para que a reforma tributária não acabe com a Zona Franca de Manaus”.
Quanto à reforma previdenciária, Braga disse que não se tem que cobrar de quem é mais humilde, de quem não pode pagar, “ela tem que cobrar dos privilegiados, que recebem muito da previdência e não pagam p. nenhuma”.
Promessa para a campanha
Outra parte do tempo do discurso, o candidato à reeleição do MDB falou de propostas que vai apresentar na campanha. Entre elas, promessa de brigar pelo asfaltamento da BR-319.
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Fotos: BNC Amazonas