Atingido pela polêmica que se desenrola nos tribunais do país entre o interesse do governo federal de privatizar distribuidoras deficitárias do grupo Eletrobrás, a maioria de estados da região Norte, e ação contrária de sindicatos de trabalhadores, o empresário Orsine Oliveira esclarece como foi que o consórcio que administra adquiriu a Boa Vista Energia.
Em nota, reagindo à notícia Amazonense perde negócio da China fechado em Roraima , publicada no BNC Amazonas nesta quinta, dia 22, Oliveira esclarece e informa valores envolvidos na negociação.
Segundo ele, os R$ 50 mil pagos pelo consórcio na aquisição da distribuidora cobrem as ações da Boa Vista Energia na bolsa de valores. Não envolvem qualquer transferência patrimonial da empresa pública, que continua com a União.
Além disso, esclarece Oliveira, o consórcio tem um cronograma de investimento previsto no contrato de cessão dos direitos de exploração da distribuição de energia por 30 anos.
De imediato, o consórcio é obrigado a investir quase R$ 500 milhões na empresa. Em cinco anos, até 2023, mais R$ 464 milhões.
Leia a nota de esclarecimento do consórcio:
De CONSÓRCIO OLIVEIRA -ATEM
Para: BNC/ REDE TIRADENTES / BNC
Sobre informação veiculada no programa Manhã de Notícias, na Rede Tiradentes, nesta quinta, 22 de novembro, que diz respeito à aquisição da Boa Vista Energia, o Consórcio Oliveira Atem esclarece.
1) Na aquisição não há qualquer transferência de Patrimônio Público, pois todos os ativos da Boa Vista Energia continuam pertencendo à União.
2) O Consórcio só adquiriu o direito de explorar a concessao do servico de distribuição de
3) O Consórcio irá:
– Pagar R$ 50.000,00 pelas ações da Boa Vista Energia
– Aportar no capital da Boa vista Energia, de imediato, R$ 175.999.185,71.
– Compromisso com os ativos da antiga Cer, em 90 dias, R$ 296.874.677,00.
– Investir nos próximos cinco anos R$ 464.510.000,00.
Portanto, de imediato, o Consórcio Oliveria Atem desembolsará aproximadamente R$ 473 milhões, e mais R$ 464 milhões nos próximos cinco anos, sendo:
R$ 176.650.000,00em 2019
R$ 126.950.000,00 em 2020
R$ 70.650.000,00 em 2021
R$ 59.010.000,00 em 2022
R$ 31.250.000,00 em 2023
O Consórcio adquiriu o direito de explorar, por 30 anos, a Concessão do Serviço de Distribuição de Energia Elétrica em Roraima.
O Consórcio só terá lucro se fizer uma boa gestão econômica e financeira e prestar um serviço de qualidade à população.
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Marcado leilão da Amazonas Energia
O leilão de venda da distribuidora Amazonas Energia marcado para o dia 27 próximo não foi afetado por decisão de primeira instância da Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro desta quarta, dia 21.
Esse é o entendimento do Ministério de Minas e Energia sobre essa liminar que tornou sem efeito a assembleia-geral extraordinária da Eletrobrás realizada em 8 de fevereiro e que deliberou pela privatização das distribuidoras.
A Boa Vista Energia, de Roraima, adquirida pelo consórcio Oliveira-Atem, é uma das que foram vendidas com base nessa assembleia de fevereiro.
Segundo fontes do jornal Valor Econômico, a Eletrobrás obteve uma liminar do Tribunal Superior do Trabalho (TST) garantindo a validade da assembleia em questão.
Distribuidor temporário no Amazonas
Ao mesmo tempo que segue confiante no sucesso do leilão de privatização da Amazonas Energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) avança na realização de uma licitação que vai contratar um prestador temporário do serviço para o estado, caso o certame não tenha sucesso.
Uma audiência pública sobre essa contratação deve ser aberta até o fim deste mês, prevê a Aneel.
Em qualquer das duas situações, o consumidor já pode se preparar para aumento da tarifa da Amazonas Energia em 2019. Será de 0,75%, se o leilão for exitoso, e de 0,91% caso o leilão fracasse e seja necessário contratar distribuidor temporário.
O governo joga para as costas do usuário a garantia da operação da empresa e de prestação do serviço.
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Foto: Reprodução/internet