O modo como o comando da câmara de vereadores do município de Nova Olinda do Norte, a 135 quilômetros de Manaus, usou o dinheiro público em 2017 vai ser julgado nesta terça, dia 11, pelo colegiado do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM).
Esse foi o primeiro ano da gestão de Francelin Mendes dos Santos, eleito em 2016 pelo PSDC.
A câmara municipal da cidade tem ampla maioria dos 13 vereadores sob controle do prefeito local na sua base política.
É assim desde a gestão de Santos e agora com a atual presidente, Luciellem Marques , a única eleita do partido do prefeito em 2016, o MDB.
Ela, que é ex-mulher do prefeito, foi a última colocada nessa eleição, alcançando tão somente 1,4% dos votos.
Os dois primeiros colocados, do Progressistas e Solidariedade, com 4% e 3,4% da votação, não tiveram chance de presidir o Legislativo porque são de oposição ao chefe do Executivo.
Na eleição de Luciellem, no final de 2018, os vereadores chegaram a escolher dois presidentes, ambos da base do prefeito. Ao final, por opção do ex-marido, ela acabou assumindo o posto.
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Borba também em pauta
A prestação de contas da câmara de Nova Olinda é um dos 52 processos que o TCE pautou para este dia 11.
Entre eles, 19 recursos de revisão, de reconsideração e ordinários de gestores e ex-gestores que tentam modificar as decisões desfavoráveis proferidas pelo tribunal.
Além de Santos, a gestão de José Pedro Graça de 2016 no vizinho município de Borba, no rio Madeira, também será julgada.
O presidente do TCE, Mário de Mello, disse que brevemente será divulgada a lista dos gestores “fichas-sujas” no uso do dinheiro público. Por ela, os tribunais regional (TRE) e superior (TSE) podem barrar esses nomes na eleição deste ano.
Foto: Reprodução/Facebook câmara de Nova Olinda