Com o início do pagamento nesta terça-feira (18) do Bolsa-Família de julho, receberão o benefício no Amazonas 33.442 famílias, das quais 4.646 foram incluídas desde março, quando o programa foi relançado pelo governo do presidente Lula da Silva (PT).
Em março, estavam inscritas no programa 25.142 famílias no estado. Com o crescimento de mais 4,5 mil grupos, o governo vai pagar neste mês 618.809 beneficiários, desembolsando R$ 437 milhões.
Neste mês, o estado com maior número de entradas no Bolsa-Família é São Paulo. Foram quase 40,7 mil novas concessões.
Ainda no Sudeste, Minas Gerais se aproximou de 37 mil famílias incluídas. Em seguida, no Norte e Nordeste, aparecem a Bahia (quase 23 mil), Ceará (20,2 mil) e Pará (mais de 18,7 mil).
O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social, Osmar Dias, afirmou que o crescimento dos grupos, 1,3 milhão em todo o país, é resultado da ação da busca ativa por famílias.
“A recuperação do Bolsa-Família, assim como fazer ele chegar a quem realmente precisa, é o primeiro passo. Estamos restabelecendo as políticas de combate à fome em conjunto com outros ministérios e vamos tirar o Brasil do mapa do fome novamente. Essa é nossa principal meta”, disse o número dois da pasta ao BNC Amazonas .
Para aprimorar o atendimento dos beneficiários dos programas sociais, promover capacitações, atualizar o CadÚnico e realizar a busca ativa das famílias, o governo vai destinar aos estados e municípios R$ 3,5 bilhões até o fim do ano.
O secretário também destacou a mudança de critérios financeiros para identificar a extrema pobreza: a renda per capita menor que R$ 218 por mês.
“Com as mudanças que o presidente Lula e o ministro Wellington Dias demandaram, conseguimos uma realização que nos deixa muito orgulhosos: conseguimos em seis meses tirar 18,5 milhões de pessoas desta condição. Isso equivale a quase 10% da população do país”.
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Busca ativa
A busca ativa integra uma série de medidas que o ministério iniciou este ano para a reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas).
A pasta citou como exemplo Maués, município do Amazonas que tem duas vezes o tamanho da Bélgica.
“São 232 comunidades e muitas delas não têm acesso à telefonia, ao celular, à internet”, disse Renata Eliziário, secretária municipal de Assistência Social.
A estratégia traçada pelo município permitiu a entrada de Imara Sousa e suas sete crianças no Bolsa-Família.
“Eu fiquei nervosa [quando recebeu o benefício]. Fui tirar o meu dinheiro. Aí, comprei cesta básica, agora comprei sandália, comprei comida para os meus filhos”, afirmou a amazonense.
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Desvio
Dias também destacou o trabalho conjunto com estados, municípios e sociedade organizada.
“Estamos desfazendo as distorções que o governo passado fez com os programas sociais. Os técnicos fizeram uma varredura nos cadastros e verificaram que milhares de beneficiários tinham renda muito superior ao programa”.
O secretário afirmou que isso impedia as famílias com mais necessidades de ingressam no programa.
“Era o desvio de recursos dos benefícios dos mais humildes para quem não precisava”.
Em síntese, Dias afirmou que o governo de Jair Bolsonaro “desmontou as políticas sociais, desorganizou a economia, teve uma postura negacionista que provocou a morte de milhares de pessoas. E também fez o possível para fragilizar os direitos trabalhistas”.
Foto: Lula Marques/Agência Brasil