O senador Chico Rodrigues (PSB-RR) deve justificar ao Ministério Público Federal (MPF) a visita que ele fez aos ianomâmis na segunda-feira (20) de carnaval.
O parlamentar é presidente da Comissão que acompanha a situação do povo ianomâmi e foi ao território sem nenhum dos outros senadores membros.
De acordo com o g1, instituições indígenas se posicionaram contrárias à participação dele e de demais parlamentares de Roraima nos trabalhos da comissão.
Contudo, o senador foi em um helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB), visitou o pelotão do Exército e o posto de Surucucu.
Por isso, o pedido do MPF ao senador “visa identificar os objetivos e atividades da referida Comissão Temporária Externa na terra indígena ianomâmi, na perspectiva da defesa dos povos que habitam a TI Yanomami. Foi concedido prazo de 10 dias para resposta.”
Da mesma forma, o MPF também oficiou a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). E ao mesmo tempo o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE-Ianomâmi) sobre a visita de Chico Rodrigues.
Ele chegou aqui no posto por volta de 12h30, de helicóptero. Até achamos que eram pacientes chegando, mas fomos surpreendidos porque era o senador Chico Rodrigues. Conversamos com ele, falando que era um constrangimento muito grande para nós recebermos ele aqui, e o convidamos a se retirar do polo de saúde de Surucucu “, disse presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami
Lideranças indígenas acusam Chico e outros dois senadores de Roraima que integram a Comissão do Senado de serem a favor do garimpo.
Assim como da legalização da atividade em terras indígenas, por isso, afirmam que a participação deles tem o objetivo de “amparar os invasores e não o povo ianomâmi”.
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Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado