O influencer Agenor Tupinambá é acusado pelo Ibama de utilizar “animais silvestres de origem ilegal” além da capivara Filó, em Autazes (AM).
A nota técnica do órgão, do dia 24 de abril, é assinada por dois analistas do Ibama. As conclusões foram obtidas por meio da análise de redes sociais do influenciador e entrevista, segundo o documento.
Segundo a nota técnica, o influenciador “manuseou ovos de jacaré no ninho modificando-o”, além de ter manuseado um filhote da mesma espécie. Ambas as ações são consideradas irregulares.
Ainda segundo a nota, Agenor teria utilizado e mantido em cativeiro dois papagaios para se promover nas redes sociais. O documento aponta ainda uma suspeita de as asas terem sido “mutiladas cortando ou arrancando penas”.
Agenor Tupinambá também manteve uma preguiça filhote em cativeiro, segundo a nota. E usou outra preguiça adulta para se promover nas redes. O Ibama aponta que a preguiça filhote morreu pelas condições de “maus-tratos”. Agenor nega as acusações e diz que fez tudo o que podia para salvar o animal.
Além das já citadas, o Ibama apontou haver uma paca em cativeiro, o uso de duas jiboias para se promover nas redes e uma arara vermelha, também em situação de clausura.
Uma aranha caranguejeira, uma coruja e um carão também aparecem no documento como animais sem licença ambiental utilizados por ele para se promover nas redes sociais. O Ibama, no entanto, não confirma que estes animais tenham sido mantidos em cativeiro.
“Alguns podem ter sido capturados na natureza e imediatamente soltos, mas outros como papagaios, arara, preguiça, capivara e paca não estão entre esta possibilidade. Ressalta-se que a captura ou apanha em si já é ato infracional e ilegal, sendo que a manutenção do animal em cativeiro torna continuada a conduta”, diz nota técnica do Ibama.
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