Igarapé do Ipiranga ganha corredor ecológico de proteção permanente

O Governo do Estado criou hoje, dia 9, o corredor ecológico da área de proteção permanente do igarapé do Ipiranga, na zona leste de Manaus. A criação do corredor é demanda apontada pelo Ministério Público Federal (MPF) em inquérito civil sobre impactos ambientais do rodoanel de Manaus. Foi firmado em termo de compromisso (5/2015) entre […]

09/09/2019 20:12

O Governo do Estado criou hoje, dia 9, o corredor ecológico da área de proteção permanente do igarapé do Ipiranga, na zona leste de Manaus.

A criação do corredor é demanda apontada pelo Ministério Público Federal (MPF) em inquérito civil sobre impactos ambientais do rodoanel de Manaus.

Foi firmado em termo de compromisso (5/2015) entre MPF, Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).

O corredor busca fazer a conectividade da reserva Ducke com demais fragmentos localizados nas adjacências do Anel Viário Leste.

O decreto foi assinado pelo governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), secretário-chefe da Casa Civil e vice-governador, Carlos Almeida Filho, e pelo secretário de Meio Ambiente, Eduardo Taveira. A publicação é prevista para este dia 10.

“O que nós queremos é que os fragmentos de floresta que Manaus possui sejam preservados. Essa medida é de extrema importância, inclusive, para que consigamos interligar a reserva Ducke com outras áreas de floresta daquela região”, disse Wilson.

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Segundo ele, a interligação possibilita que os animais possam passar de uma área para outra, dispersando as espécies e recuperando áreas degradadas.

De acordo com o decreto, ficam declaradas integrantes do corredor ecológico as áreas de floresta contínuas entre a reserva Adolpho Ducke, o igarapé do Ipiranga e seus afluentes e as áreas pertencentes a assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

O corredor do Ipiranga tem área de 51,12 hectares e sua criação faz com que obras na região devam ser compatíveis com a preservação ambiental, mediante licença.

Ficou proibida a supressão total ou parcial das florestas e demais formas de vegetação de preservação permanente, bem como as áreas dentro dessas delimitações passíveis de recuperação natural.