MPF divulga direito de resposta dos waimiri-atroari ao governo federal
Publicação de direito de resposta foi garantida pela Justiça Federal após discursos discriminatórios de membros do governo Bolsonaro

Ferreira Gabriel
Publicado em: 02/05/2020 às 08:07 | Atualizado em: 02/05/2020 às 08:07
A carta foi apresentada pelos waimiris-atroaris, por meio da Associação Comunidade Waimiri Atroari (ACWA). Esta foi assinada pelo presidente da organização, Mário Parwe Atroari.
As falas discriminatórias também incentivaram um deputado de Roraima a liderar um comboio que invadiu a terra indígena waimiri-atroari, no final de fevereiro.
Munido de uma motosserra e de um alicate corta-vergalhão e acompanhado de assessores, se dirigiu ao limite da terra indígena, entre os estados do Amazonas e Roraima, e cortou as correntes que controlam o tráfego de carros na BR-174, que atravessa o território.
Indígenas que faziam a vigilância no local foram trancados em uma guarita, enquanto o deputado gravava toda a ação. Ao final do vídeo, dedicou a agressão ao presidente da República.
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Decisão judicial
União e Funai devem ainda indicar às autoridades públicas, nos termos da Convenção Contra todas as formas de Discriminação Racial, ratificada pelo Brasil e promulgada pelo Decreto n.º 65.810, de 8 de dezembro de 1969. Conforme a respectiva lei. é determinado que não incitem ou encorajem a discriminação racial, por meio de circular e manifestação pública dos ministérios e Presidência da República.