A PF (Polícia Federal) deflagrou, na manhã de hoje (10), a operação Igarapé no estado de Rondônia. Os policiais tinham como alvo um grupo investigado pela extração ilegal de madeira em terras indígenas. A PF descobriu também que os índios davam cobertura aos invasores no crime ambiental.
Foram cumpridos, portanto, quatro mandados de busca e apreensão nas cidades de Ministro Andreazza e Cacoal. As diligências foram autorizadas pela 1ª Vara Federal de Ji-Paraná (RO), conforme reportagem da Agência Brasil .
As investigações tiveram início, entretanto, a partir de mensagens encontradas em celulares apreendidos. A apreensão se deu em outra investigação contra um grupo de madeireiros, informou a PF.
A extração ilegal ocorreria, sobretudo nas terras Indígenas Igarapé Lourdes e Sete de Setembro.
De acordo com a PF, pelas mensagens “foi possível identificar a forma de atuação do grupo, os responsáveis pelos maquinários utilizados no desmatamento e os donos de serrarias receptoras da madeira extraída ilegalmente”.
Índios colaboravam
A polícia informou que o grupo contava com a colaboração de indígenas. Eles atuavam para conceder autorizações de entrada nas terras e de alertar sobre a presença de fiscais.
Os envolvidos podem ser enquadrados nos crimes de associação criminosa, desmatamento e usurpação de bens da União.
Em seu mais recente levantamento, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe ) constatou um aumento de 9,5% no desmatamento na Amazônia. O período foi entre agosto de 2019 e julho de 2020, na comparação com o mesmo período anterior.
Foto: PF/divulgação