A décima nona edição da pesquisa semanal sobre a covid-19 (coronavírus), promovida pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), chama a atenção para o comprometimento do poder local em concluir o esquema de vacinação do seu público-alvo.
A pesquisa – realizada com mais de 2,7 mil municípios e aplicada entre os dias 26 e 29 de julho – aponta que mais 87,7% dos prefeitos e secretários municipais de saúde, que participaram da amostra, são favoráveis à vacinação obrigatória da população.
A Região Norte do país, composta por 450 municípios, teve a participação de 110 cidades (24,4%). Deixaram de responder o questionário da pesquisa 340 gestores nortistas.
Entre as cidades brasileiras, com pendências para a aplicação da segunda dose da vacina, 1.334 ou 73,9% indicam que se trata de menos de 10% do total de vacinados; 237 apontam o problema com até 19% do público.
Destaca-se o não retorno de quem tomou a primeira dose da vacina, em 1.805 localidades.
O mapeamento semanal da CNM mostrou que 1.759 gestores locais – o que indica 97,4% de quem respondeu a essa questão – têm buscado por essas pessoas para concluírem a vacinação.
Em 1.532 municípios, cerca de 10% da população convocada para imunização, não compareceu para tomar a primeira dose ou dose única da vacina contra a covid.
Outros 695 gestores municipais afirmaram não ter identificado ausências.
Vacina por faixa etária
Quando o assunto é a faixa etária, 99,5% já iniciaram a vacinação de pessoas abaixo de 60 anos; e somente 0,5% ainda não começou a imunização desse público.
Quase 32% ou 858 municípios, atendem o público de 30 a 34 anos; 748 está na faixa de 35 a 39 anos; 469 entre 25 e 29 anos; 295 vacina de 40 a 44 anos; e 217 já tem imunizado menores de 24 anos.
Contudo, conforme mostra a pesquisa, 706 localidades ficaram sem os imunizantes nos últimos dias, a maior parte para aplicação da primeira dose – 1.805 municípios ou 97,9%.
Leia mais
UTI e kit intubação
Mantida a tendência de redução de mortes e internações, 991 cidades têm ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou não abaixo de 60%, representando 36,6% das respostas.
Já a taxa de 60% e 80% foi informada por 841 gestores. Apenas 68 municípios têm mais de 95% de lotação.
Além disso, apenas 184 cidades sinalizaram risco de falta do “kit intubação” e 2.249 afirmam estar abastecidos com a medicação.
Redução de casos
Dos 2.705 mapeados nesta questão, 1.112 tiveram redução de casos confirmados e 849 se mantiveram estáveis, ou seja, 41,1% e 31,4% respectivamente.
No entanto, a pesquisa semanal da CNM verificou aumento de infecções pelo coronavírus em 450 cidades.
Não houve registo de novos casos em 229 cidades, como também não houve mortes confirmadas em 55,8% dos 2.705 municípios respondentes, isso significa 1.510 locais sem óbitos por covid-19.
Em 19,8%, o quadro se mantém estável; 15% teve redução e 7,3% registrou aumento.
Restrição de circulação
Ainda assim, conforme demonstra a pesquisa da CNM, 1.805 localidades, ou 66,7%, mantêm alguma restrição de circulação ou de atividades econômicas.
Tal questão foi respondida por 2.705 municípios, e deles 848 ou 31,3% afirmaram normalidade.
Mobilidade e transporte
Com a queda da demanda do transporte público, em virtude da pandemia, 1.559 prefeituras não registraram aumento de despesas nesta questão; 131 apontam ter assumido 100% dos custos deste serviço, em nível local.
A pesquisa mapeou ainda os incentivos em relação ao transporte alternativo, como campanhas para maior uso de bicicletas. Dentre as iniciativas, 426 cidades promoveram campanhas de estímulo para o uso do veículo.
Recursos financeiros utilizados
Nesta edição, a pesquisa levantou o cenário de municípios que utilizam recursos próprios para retomada das aulas presenciais e a principal fonte de recursos para viabilizar a volta às aulas vem do setor.
Dos respondentes, 2.074 ou 76,7% usam o orçamento da educação municipal; e 1.288 ou 47,6% utilizam a verba da educação estadual.
Do total, 1.117 gestores usam a verba da saúde e os recursos estaduais para saúde têm sido usados por 705 Municípios para reabrir as escolas.
Sobre as aulas presenciais, o levantamento focou no investimento com recursos próprios dos municípios para retomada das atividades escolares presenciais.
De acordo com as informações fornecidas, 66% ou 1.641 tiveram custos para ações de biossegurança e 34% ou 846 cidades não sinalizaram aumento neste aspecto.
Acesse a íntegra da pesquisa semanal covid da CNM no link a seguir:
(https://www.cnm.org.br/cms/biblioteca/Pesquisa-CNM-Covid-19_Ed_19.pdf ).
*Com informações da CNM
Foto: Dhyeizo Lemos/Semcom