‘Ânimos exaltados’ e ‘questões políticas’ atrasam nomeação no Ifam

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 21/05/2019 às 07:05 | Atualizado em: 21/05/2019 às 00:19
Aguinaldo Rodrigues, da Redação
A demora na nomeação do reitor do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), assim como de sete outras unidades similares, é causada por “questões políticas” e “ânimos exaltados”.
Isso foi o que indicou o ministro da Educação (MEC), Abraham Weintraub, em audiência no Senado no último dia 7. Sem muitas explicações por parte do ministério, ele disse apenas que “a gente está avaliando o melhor momento para fazer as nomeações”.
Além do Ifam, estão nessa situação inquietante os reitores de quatro outros institutos (Brasília, Rondônia, Pará e Alagoas) e de três universidades, sendo que nestas o nome é escolhido de lista tríplice. Já há sinalização do MEC de que os primeiros mais votados podem não ser os nomeados.
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Linha ideológica
Há ainda temor dos que esperam nomeação que isso possa ser atrapalhada pela postura ideológica do governo na relação com as instituições, que enfrentam bloqueios de orçamento e têm sido alvos de ataques do ministro.
A publicação de um decreto no último dia 14 abriu brecha para interferência do governo nas nomeações de cargos de confiança dos reitores e causou apreensão entre dirigentes.
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Na facada
O Ifam está no contingenciamento de R$ 876 milhões, ou 33% dos recursos passíveis de corte.
No Amazonas, o instituto federal surgiu da integração do Centro Federal de Educação Tecnológica do Amazonas (Cefet) e das escolas agrotécnicas federais de Manaus e São Gabriel da Cachoeira.
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Foto: Reprodução/Facebook Ifam