Estudo que circula na mídia nacional há uma semana revela que o Amazonas está no topo dos estados que viram seus ricos ficarem ainda mais riscos nos últimos anos.
O estudo delimita esse crescimento no período de 2017 a 2022.
O levantamento consta do Observatório de Política Fiscal da Fundação Getúlio Vargas, sob responsabilidade do economista Sérgio Gobetti.
De acordo com ele, a renda do privilegiado grupo da população de 0,01% mais rico do Amazonas cresceu 122% no período. Os habitantes do estado de 62 municípios são quase 4 milhões, de acordo com censo do IBGE de 2022.
Esse crescimento, conforme o observatório, coloca o Amazonas no segundo lugar onde a renda dos ricos mais cresceu.
Assim sendo, o Amazonas ficou atrás apenas de Mato Grosso do Sul, que registrou crescimento de renda de 131%. Mas, ficou à frente de Mato Grosso, onde ricos saltaram 115% em renda.
Ambos os estados do Centro-Oeste são de milionários do agronegócio.
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O agro é pop, o agro é rico
Nessa semana da publicação do levantamento, a posição do Amazonas passou despercebida da mídia nacional.
A cobertura, portanto, focou na concentração de renda do agronegócio.
Justifica-se porque, dos cinco primeiros do ranking , quatro são estados fortes no agro: além de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e o Amazonas.
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Fora da curva
O Amazonas destoa desse perfil porque tem seu perfil fortemente atrelado à preservação do meio ambiente. E por isso se gaba de ter mais de 95% da sua floresta em pé.
A economia do estado é ancorada na indústria.
Dessa forma, pode-se levantar como hipótese que a razão dessa riqueza passa pelo polo industrial da Zona Franca de Manaus (ZFM).
Conforme a Suframa (Superintendencia da ZFM), a previsão de faturamento no fechamento de 2023 é de R$ 174 bilhões.
Foto: BNC Amazonas