Sem anúncio oficial, o presidente da República, Jair Bolsonaro, visitará o Amazonas.
Será nesta quinta-feira (27). Ele vai ao distrito de Maturacá, no município de São Gabriel da Cachoeira, a mais de 850 quilômetros da capital Manaus.
Fonte da brigada do Exército em São Gabriel confirmou nesta quarta-feira (26) a informação. A Folha de S.Paulo cogitou a viagem no início da semana.
Bolsonaro, contudo, não divulgou que agenda pretende cumprir na região norte do Amazonas, na “cabeça do cachorro”, no alto rio Negro.
A área militar é da fronteira do Brasil com a Venezuela.
Ele, portanto, limitou-se a dizer na live semanal de 29 de abril que planejava visitar pelotão de fronteira do Exército.
Além disso, “conversar com indígenas” e “aterrisar” em um garimpo ilegal.
Bolsonaro é defensor da mineração em terras dos índios.
E é dessa maneira que Bolsonaro retorna ao estado poucos dias depois de tentar chantagear senadores do Amazonas da CPI da covid.
Conforme live do dia 20 último, ele usou a Zona Franca de Manaus (ZFM) como meio de pressão.
Como resultado, acabou recebendo o repúdio do presidente da comissão e coordenador da bancada amazonense no Congresso, senador Omar Aziz (PSD-AM).
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‘Cidadão’ non grato
Outros detalhes também marcam essa visita de Bolsonaro.
Em primeiro lugar, ela acontece poucos dias depois de ele virar cidadão do Amazonas como homenagem da Assembleia Legislativa (ALE-AM). Contudo, o título não o livrou de repúdio de parte da sociedade.
Igualmente, como segundo detalhe, é a manifestação de representantes indígenas de repúdio à visita de Bolsonaro.
“Reiteramos nossa posição legítima de repudiar a visita do presidente, senhor Jair Messias Bolsonaro, no nosso território yanomami”. Foi o que afirmaram líderes de várias associações ligadas aos índios.
Foto: Alan Santos/Presidência da República