O procurador-geral da República Augusto Aras se reuniu com cinco lideranças indígenas no Amazonas. O encontro aconteceu no fim da tarde deste domingo (19) e acontece após as mortes do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira, no Vale do Javari.
No encontro, as lideranças pediram o aumento da presença do estado e o apoio de Aras no enfrentamento ao crime na região.
Os indígenas lembraram que têm desempenhado um papel fundamental na vigilância do território, principalmente em relação à questão da pesca ilegal.
Em resposta, Aras afirmou que voltará a Brasília “com disposição de mover as instâncias do Estado para a defesa da Amazônia e seus cidadãos, isolados ou não”.
“Urge que a União reforce a atuação dos órgãos de controle naquela região do país”, afirmou por meio de seu perfil no Twitter a PFDC (Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão), órgão vinculado ao Ministério Público Federal (MPF).
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Em outra mensagem, a procuradoria lembrou ainda que medidas importantes para reforçar a presença do Estado na Amazônia têm sido postergadas.
Uma delas é assinatura pelo país do Acordo de Escazú, que visa garantir desenvolvimento sustentável, preservação do meio ambiente e combate a desigualdade e discriminação por parte das nações que o assinam.
“Cada país deve tomar providências para proteger os defensores dos direitos humanos em questões ambientais, inclusive no que tange a prevenir, investigar e punir ataques, ameaças ou intimidações a eles. Esse seria precisamente o caso de Bruno Pereira e Dom Phillips”, afirmaram representantes da PFDC no Twitter.
Neste domingo, subiu para oito o número de suspeitos de envolvimento no assassinato e na ocultação dos corpos de Dom e Bruno, de acordo com a Polícia Federal. No sábado (18), a Justiça determinou a prisão temporária de Jeferson da Silva Lima , terceiro suspeito preso.
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Foto: reprodução redes sociais