O auxílio emergencial deve ser entregue em mãos por Bolsonaro em aceno a eleitorado. Com isso, o presidente irá pessoalmente ao Congresso Nacional entregar da Medida Provisória (MP).
Por isso, a expectativa é que o texto seja entregue ao Poder Legislativo nesta quarta-feira (17), conforme informação compartilhada via compartilhada via Hello You .
Por outro lado, o movimento é visto por integrantes da base aliada como um aceno do chefe do Poder Executivo ao eleitorado e uma tentativa de reverter a rejeição crescente enfrentada por ele.
Segundo apurou o Valor, Bolsonaro deposita na retomada do pagamento do auxílio as esperanças de melhora de sua avaliação pessoal pelos eleitores.
Sob o mesmo ponto de vista, a leitura de interlocutores do presidente é que ele pretende replicar o resgate de popularidade que ocorreu no ano passado quando o governo federal concedeu o benefício.
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Ainda mais, a visita ao Congresso ocorrerá dias após ele oficializar a substituição de Eduardo Pazuello por Marcelo Queiroga no comando do Ministério da Saúde.
Como resultado, a indicação foi mal recebida por parlamentares do Centrão, que preferiam que o escolhido fosse o deputado doutor Luizinho (PP-RJ) após a recusa da cardiologista Ludhmila Hajjar.
Acima de tudo, com a visita ao Congresso para entregar a MP do auxílio, Bolsonaro pretende fazer um aceno de prestígio aos seus aliados do Poder Legislativo.
Por exemplo, entre eles, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que chegou a elogiar Ludhmila publicamente antes de a médica recusar o convite do presidente por motivos técnicos.
Foto: Divulgação/Alan Santos/PR