Aziz quer CPI da covid fazendo justiça a 400 mil famílias enlutadas
Omar Aziz defende que não sejam discutidas questões políticas em cima de 400 mil mortes. “Vamos mostrar os caminhos que o Brasil deve seguir”

Mariane Veiga
Publicado em: 27/04/2021 às 19:08 | Atualizado em: 28/04/2021 às 13:20
Repercutiu bastante na mídia nacional a declaração do senador Omar Aziz (PSD-AM) logo que foi eleito presidente da CPI da covid no Senado. Ele disse:
“Estamos chegando a 400 mil mortes no Brasil. Precisamos fazer justiça a essas famílias enlutadas. Esta CPI, diferentemente das outras, está na casa das pessoas. Todos perdemos um familiar, um amigo ou um conhecido”.
Além disso, a mídia também destacou o trecho em que Aziz defendeu que a CPI investigue fatos e apresente políticas para enfrentar o coronavírus.
“Não vamos discutir questões políticas em cima de 400 mil mortes. Vamos mostrar os caminhos que o Brasil deve seguir”.
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Apesar da pressão da base aliada do presidente da República, Jair Bolsonaro, Aziz bancou a indicação do senador Renan Calheiros (MDB-AL) para relator.
Em sua manifestação, Calheiros reforçou o que disse Aziz, de que esta CPI é diferente de todas as que já existiram na casa. “É que esta vai tratar de vidas”.
“Vamos fazer um trabalho técnico e transparente. O debate será proveitoso e esta CPI irá levar uma esperança maior na aquisição de vacinas e tecnologia”, disse Aziz.
Maturidade no comando
Aos 62 anos, Aziz é senador eleito por mais de 930 mil amazonenses. É graduado em engenharia civil pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Sua participação na política começa na década de 1980, pelo movimento estudantil, sendo eleito presidente do Diretório Acadêmico de Engenharia da Ufam e depois diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE).
Em 1989 assumiu como vereador na Câmara Municipal de Manaus, sendo reeleito em 1992. Logo em seguida foi eleito presidente da casa.
Chegou à Assembleia Legislativa do Amazonas em 1994, depois que foi eleito o deputado estadual mais votado.
Dois anos depois era eleito vice-prefeito de Manaus, sendo reeleito em 2000. No ano seguinte foi chamado para comandar a Secretaria de Estado de Segurança Pública.
Em 2002, foi eleito vice-governador do Amazonas e reeleito quatro anos depois. Assumiu o Governo do Estado em 2010, sendo eleito nesse ano governador. É senador desde 2014.
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Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado