A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou a indicação do procurador-geral da República, Augusto Aras (foto ), para um novo mandato de dois anos à frente da instituição. A comissão foi favorável ao nome de Aras por 21 votos a 6.
Agora o nome do PGR será submetido ao plenário da casa, em votação que deve ocorrer ainda hoje (24).
Para ser aprovado e nomeado para a chefia do órgão até setembro de 2023, Aras precisará de 41 votos, ou seja, a maioria absoluta do plenário.
Com cerca de seis horas de duração, a sabatina de Aras foi tranquila e teve poucos momentos de pressão sobre o PGR.
Aos senadores repetiu várias vezes que evitou “criminalizar a política”, alfinetou a operação Lava Jato e afirmou que deseja “ser lembrado como o procurador que restabeleceu a função constitucional” da PGR.
Pandemia
Aras também defendeu a atuação do órgão durante a pandemia, negou ter se omitido sobre os ataques do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao sistema eleitoral e as repetidas aglomerações promovidas pelo presidente sem o uso de máscaras de proteção contra a covid (coronavírus), entre outros temas.
Antes das perguntas dos senadores, Aras fez uma fala inicial de cerca de 30 minutos.
No pronunciamento, fez um balanço em números de seus dois primeiros anos à frente da PGR, defendeu a atuação do órgão em áreas como o combate à pandemia e defesa do meio ambiente.
Também criticou a operação Lava Jato, que cometeu, segundo ele, uma “série de irregularidades”.
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Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado