Deputados sepultam ‘distritão’, mas desencavam coligações partidárias

Manobra do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), antecipou a votação da reforma eleitoral em um dia

Publicado em: 11/08/2021 às 23:09 | Atualizado em: 11/08/2021 às 23:09

O plenário da Câmara aprovou, na noite desta quarta-feira (11), em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 125/11 que muda regras para as eleições. Foram 339 votos a favor, 123 contra e 5 abstenções.

Por por 423 votos a 35 foi retirado do texto, o chamado “distritão” durante votação de destaques.

Após falta de acordo entre os líderes sobre o “distritão”, a relatora da PEC, Renata Abreu (Podemos-SP), sugeriu retirar do texto o polêmico sistema. Em suma, a proposta troca as eleições proporcionais no Legislativo pelo voto majoritário, e manter no texto apenas a volta das coligações.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-PI), porém, barrou a manobra e disse que o “distritão” poderia ser retirado por votação de destaque após a aprovação do texto principal.

O texto foi a voto com pontos polêmicos e incompatíveis entre si: a adoção do “distritão” e a volta das coligações partidárias. Os dois pontos são considerados retrocessos na lei eleitoral por especialistas.

O primeiro, por enfraquecer os partidos, e o segundo, por fazer voltar a possibilidade de que o eleitor vote em determinado candidato de um partido e ajude a eleger representantes de outra legenda.

O fim das coligações virou lei em outubro de 2017 e pode cair novamente agora, se a votação for confirmada na Câmara em segundo turno e passar no Senado. 

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Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados