Economista diz que Amazonas está na marca do pênalti em gastos

Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 03/10/2018 às 21:00 | Atualizado em: 03/10/2018 às 21:27

Por Rosiene Carvalho, da Redação

 

O presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon) no Amazonas, Francisco Mourão Júnior, declarou que o Amazonas está  na linha do pênalti em relação ao limite máximo do gasto com despesas de pessoal.

“Infelizmente caminha para isso.  Podemos dizer que irá acontecer.  A não ser que outras questões mudem as receitas e mudem o dinamismo demonstrado neste quadro. Mas o risco é  alto.   O Amazonas se encontra na linha do pênalti  e há consequências sobre isso”, disse.

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O presidente do Corecon afirmou que há para o terceiro quadrimestre duas possibilidades: ou o governo ajusta a receita e  as contratações do Estado ou aprofunda o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.

“O Estado vai ter que apertar o cinto. Usar a receita para adequar o cumprimento da lei. Rever processos judiciais, demitir comissionados. O governador não vai deixar nessa situação. Vai criar alternativas para  aumentar a receita liquida. Redirecionar  contratos, diminuir prestação de serviços, exinguir cargos. Porque está na linha do pênalti”, declarou o economista.

 

Governo Melo

As medidas amargas na economia que o Governo José Melo adotou entre 2015 e 2016 renderam fôlegos para os dois  governadores que o sucederam, David Almeida (PSD) e Amazonino Mendes (PDT), e evitaram o caos em 2017.

José Melo cortou gastos, exonerou funcionários, fez o que muitos gestores não têm força política e coragem para fazer: diminuiu o tamanho da máquina. Em função disso, criou rachas na sua base aliada e se enfraqueceu politicamente.

O que ele fez, apesar da outra situação (denúncias corrupção), foi evitar que o governo caísse em crime de responsabilidade, o que vai ocorrer. Isso é fato, independente de Amazonino ser ou não o próximo governador. Terá que cortar gastos de folha de pessoal assim que acabar a eleição. Querendo ou não”, disse Mourão Júnior

 

Governo

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Comunicação do Estado do Amazonas (Secom) para que o Governo enviasse seu posicionamento a respeito dos dados do Siconfi e sobre quais medidas estão sendo tomadas para alterar o quadro. A Semcom informou que as informações serão prestadas nesta quinta-feira,dia 4.

 

Foto: Assessoria de comunicação/Divulgação

 

 

 

 

 

 

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