O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), voltou a se encontrar hoje, dia 26, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, em reunião do Fórum de Governadores, em Brasília. E, a exemplo do que fez no encontro da segunda-feira, voltou a fazer cobrança ao governo federal, desta feita para que libere recursos de fundos da segurança pública, hoje contingenciados no Ministério da Justiça.
Para Wilson, não faz sentido o governo federal represar verbas públicas que são dos estados. Ele defende a liberação para ajudar no combate à violência no Amazonas. “Tem dinheiro parado e os estados enfrentando vários problemas. A gente tem feito um esforço muito grande no Amazonas para melhorar a segurança pública, com a polícia nas ruas, operações, mas queremos investir mais”.
Ele disse no fórum acreditar que isso vai ser revisto pelo governo.
Leia mais
Reforma da previdência, hora de negociar
Sobre a reforma da previdência que Guedes foi discutir com os governadores, Wilson disse que o momento é de esgotar todas as discussões para evitar prejuízos futuros.
Voltou a repetir que sua preocupação maior é com a aposentadoria rural e as mudanças propostas no BPC (benefício de prestação continuada), que são também os pontos que mais dividem os governadores.
De acordo com Wilson, o Amazonas tem 104.088 beneficiários do BPC, sendo 57.398 pessoas com deficiência e 46.690 idosos.
O BPC é remuneração mensal para idosos e portadores de necessidades especiais que se encaixam em critérios de miserabilidade, ou seja, que a renda per capta da família não passe de um quarto do salário mínimo.
A proposta na reforma do governo é desvincular o BPC do salário mínimo e pagar R$ 400 mensais até os 70 anos de idade do idoso. A partir daí, um salário mínimo integral.
Recuperação fiscal
Durante o encontro com o ministro da Economia, os governadores também citaram o aspecto da cessão onerosa, que trata de recursos oriundos da exploração de petróleo, para que caminhe em paralelo com a reforma da previdência, prioritária para o Executivo.
Guedes disse que o governo elabora um plano de recuperação fiscal dos estados que deve ficar pronto em 30 dias para ser encaminhado ao Congresso.
Foto: Divulgação/Secom