Depois de conversar com o comitê de enfrentamento do coronavírus (covid-19), o governador do Amazonas baixou decreto fechando atividades de shoppings e comércios não essenciais. A medida vale após o Natal, por 15 dias, a partir do dia 26.
Além disso, Wilson Lima proíbe eventos com aglomeração de pessoas, como casamentos, festas, confraternizações e outros.
Também estarão fechados nos próximos 15 dias todos os espaços públicos do estado. Por exemplo, o Teatro Amazonas.
As feiras de hortifrutigranjeiros também estão incluídas nas restrições.
Quanto a igrejas e templos evangélicos, seguem com as restrições já definidas hoje, de controle de público.
Conforme a medida, estabelecimentos comerciais não essenciais, como bares e shoppings, só podem funcionar no sistema drive-thru (entrega no local) e delivery (em domicílio). E assim mesmo até às 21h.
As empresas do polo industrial da Zona Franca de Manaus (ZFM) não são atingidas pelas restrições.
Uma importante atividade, o transporte intermunicipal, está incluída nas restrições. Contudo, apenas quanto à observância da lotação permitida, o que será fiscalizado com rigor, disse Wilson Lima.
Segundo o governador, a decisão foi tomada em reunião do colegiado do comitê de enfrentamento do coronavírus e visa a preservar a vida. Contudo, descartou veementemente a adoção de lockdown (isolamento total), dizendo que não fez isso nem no pico da epidemia.
“É uma medida que não queríamos, mas que é necessária diante do quadro de crescimento do coronavírus. É preciso preservar a vida e, infelizmente, parte da população ignora o uso de máscara e de distanciamento”, afirmou.
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Vírus levado para casa
De acordo com ele, são essas pessoas que estão levando o vírus para dentro de casa e contaminando os mais velhos, principalmente pais e avós.
“O maior público contaminado é na faixa de 20 a 49 anos, mas quem mais morre no Amazonas são os de idade acima de 60 anos”. Este grupo, conforme Wilson Lima, responde por 75% dos óbitos.
Voltou a se referir aos promotores de eventos clandestinos, com aglomerações que contribuem para o recrudescimento da doença.
Em síntese, Wilson Lima ressalvou ao final que pouco adiantam as medidas restritivas se não houver consciência do cidadão. Voltou a alertar quanto ao índice de ocupação de leitos, hoje em taxas elevadas como no pico da epidemia no Amazonas.
Foto: Reprodução/vídeo