O senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do partido Progressistas, e futuro homem da Casa Civil do governo Bolsonaro , é investigado em cinco inquéritos. Dois deles apareceram agora, e vinham correndo em sigilo.
Conforme reportagem exclusiva de O Globo, neste domingo (25), todas as investigações são no âmbito da operação Lava Jato. Os crimes vão de propina, tráfico de influência a obstrução da Justiça.
Nogueira, por exemplo, teria recebido propina da construtora OAS para apoiar medida provisória do governo no Senado.
Das primeiras três investigações, o futuro ministro de Bolsonaro já foi denunciado ao STF (Supremo Tribunal Federal) em duas. Em uma, a Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o senador de receber propina de R$ 7,3 milhões da Odebrecht.
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Mais propina
Além disso, a Polícia Federal investiga Nogueira por suspeita de propina do grupo J&F, da empresa JBS, dos irmãos Batista.
Leia os detalhes das suspeitas que envolvem o futuro homem da Casa Civil na matéria de Aguirre Talento e Mariana Muniz, no O Globo .
Quem é
Nogueira comanda um partido, o antigo PP, que é um dos maiores do chamado “centrão” no Congresso. É o bloco parlamentar que Bolsonaro tenta manter na sustentação do mandato, ameaçado por centena de pedidos de impeachment.
O novo homem da Casa Civl chega exatamente para atuar nesse tema, com a ajuda do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Este é também do Progressistas, de Alagoas.
Portanto, vai conduzir uma pasta que é tida como das mais importantes do Planalto. Afinal, coordena a parte político-administrativa.
A escolha de Nogueira já foi anunciada por Bolsonaro, mas ficou de ser consolidada nesta segunda (27). Os dois ficaram de ter uma conversa antes.
“Fui do Progressistas, partido do Ciro. Então é uma pessoa que nos interessa pela sua experiência, que pode fazer um bom trabalho aqui”, disse Bolsonaro nesta semana.
Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República/site Campo Grande News