A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, lançou, nesta quarta-feira (19), a primeira tradução oficial da Constituição Federal em língua indígena.
A tradução foi feita por indígenas bilíngues da região do Alto Rio Negro e Médio Tapajós, na língua nheengatu, conhecida como o tupi moderno.
As ministras Cármen Lúcia, do STF, e Sonia Guajajara, dos Povos Originários, também estiveram presentes no evento, que aconteceu em São Gabriel da Cachoeira, cidade que concentra a maior população indígena do país.
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Weber destacou que o lançamento promove um debate intercultural com os indígenas.
“Mais do que simplesmente realizar esse lançamento, estamos aqui para vivenciar um momento de restauração, de promover a escuta e o debate intercultural. A Constituição Federal não é meramente um texto escrito, mas um sentimento enquanto um alicerce da nossa democracia”, disse.
Tradução foi feita por indígenas bilíngues da região do Alto Rio Negro e Médio Tapajós.
Em discurso, a ministra Guajajara afirmou que a tradução do texto para a língua indígena também representa um reconhecimento do Estado aos povos originários.
“A escrita da Constituição em uma língua indígena significa um importante avanço, um reconhecimento da nossa cultura, dos nossos povos, da nossa língua, e é um gesto de respeito às nossas tradições”, destacou.
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Fotos: Fellipe Sampaio/SCO/STF