João Simões se fortalece para comandar TRE-AM nas Eleições 2018

TJ e TRE Yedo e João Simões

Publicado em: 21/11/2017 às 12:55 | Atualizado em: 21/11/2017 às 22:04

 

Por  Rosiene Carvalho, da Redação

 

O desembargador  e corregedor do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), João Simões,  saiu fortalecido para a indicação à presidência da Corte Eleitoral nas Eleições 2018 após a premiação concedida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Justiça em Números, nesta segunda-feira, dia 21 .

As eleições internas no TJ-AM e no TRE-AM devem ocorrer no primeiro semestre de   2018.

A premiação confere reconhecimento nas categorias aos tribunais que melhor fizeram a gestão da informação e no cumprimento de normas de transparência desses dados.

Não é a avaliação quantitativa de processos julgados nos dois tribunais e nem aponta a qualidade da prestação jurisdicional do judiciário amazonense. Mas, neste critério, a premiação é inédita. Em 2016, o TJ-AM ficou em último lugar e distante do penúltimo.

O selo outro dos tribunais foi atribuído, pelos presidentes do  TJ-AM, Flávio Pascarelli, e do TRE-AM, Yêdo Simões, a um trabalho “dedicado” do desembargador João Simões. Pascarelli o chamou de “grande gestor” e Yêdo falou em “continuidade” para evitar “desastres” como da gestão passada no TJ-AM.

O próprio João Simões, cujo mandato no TRE-AM termina em maio do ano que vem permeado por recesso e por feriados do Carnaval, prometeu que o resultado no eleitoral  “era só o começo” e que pretende “alçar o TRE-AM a um patamar mais alto”.

Foi João Simões quem comandou, como corregedor no TRE-AM e  como coordenador de Metas  do CNJ no TJ-AM, o trabalho que teve o resultado premiado nesta segunda-feira.

 

Riscos de quebra da tradição

Os elogios são sinalizações importantes num período em que o Judiciário do Amazonas adotou a quebra de critérios tradicionais para indicação de membros do TRE-AM e na direção do TJ-AM.

A maior ruptura dessa tradição ocorreu, em abril de 2016,  quando o TJ-AM vetou reconduções ao TRE-AM de membros, incluindo o desembargador Mauro Bessa, cotado para ser o presidente do eleitoral, na ocasião.

A não recondução ocorreu em pleno curso dos julgamentos de processos contra o então governador do Estado José Melo (Pros), que já amargava uma condenação imposta pelo TRE-AM em grau de recurso naquele  período.

Há meses, esta possibilidade de não recondução de João Simões se fortalecia ao mesmo tempo em que o grupo de desembargadores que apoiam o presidente do TJ-AM, Flávio Pascarelli, também exibia força no tribunal.

A indicação do juiz Marco Antônio Pinto para a vaga do juiz Henrique Veiga, que não recebeu nenhum voto para retornar ao TRE-AM, foi exemplo disso.

Neste cenário, o nome que vinha ganhando força para ser indicado ao TRE-AM para ser presidente do tribunal nas Eleições 2018 era o do desembargador e corregedor do TJ-AM, Jorge Lins, primo de Pascarelli.

Mas, o vazamento de um vídeo pessoal do magistrado causou constrangimento entre os desembargadores, enfraqueceu  suas possibilidades e João Simões se manteve no páreo.

 

Resposta TJ-AM

A assessoria de comunicação do TJ-AM informou ao BNC, na noite desta terça-feira, que o desembargador Jorge Lins “nunca” foi cogitado pelo grupo  de Pascarelli para o TRE-AM e que a proposta desse grupo é que os desembargadores João Simões e Aristóteles Thury para o TRE-AM.

ATUALIZADA ÀS  22h

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