Lava Jato, uma dor de cabeça no caminho do comando do Congresso

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 02/02/2017 às 19:17 | Atualizado em: 02/02/2017 às 19:17
O novo comando do poder Legislativo no Congresso Nacional tem um ponto em comum, e nada alvissareiro. Tanto o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), quanto o eleito para a Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) são citados no guarda-chuva das investigações da operação Lava Jato.
Candidatos preferidos do Palácio do Planalto, tiveram o presidente Michel Temer (PMDB) como cabo eleitoral. O resultado foi vitórias esmagadoras sobre a oposição praticamente inexistente. Doze partidos o apoiaram para garantir 293 votos.
Maia é citado como tendo recebido doações de caixa dois da empreiteira Odebrecht. Atendia pelo codinome “Botafogo” em lista do escritório de propina da construtora.
Eunício, aposta do Planalto para manter o PMDB no poder, é citado por dois delatores premiados como beneficiário de propina: o ex-senador Delcídio do Amaral e o ex-vice- presidente da Odebrecht Cláudio Melo.
Embora ainda não seja considerado oficialmente processado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Eunício é investigado pela Procuradoria-Geral da República como o “Índio” das listas do escritório da propina da Odebrecht.
O presidente do Senado também estaria no grupo do PMDB que recebia propina da empreiteira pelas mãos de ex-ministro de Minas e Energia. Além de Eunício, nessa turma estão José Sarney (hoje sem mandato), Renan Calheiros (AL), Valdir Raupp (RO), Romero Jucá (RR), Edson Lobão (MA) e Jáder Barbalho (PA).
Com informações do site Congresso em Foco.
Foto: Reprodução/Gazeta do Povo