Depois do convite formal ao Reino Unido, feito pelo consórcio de governadores da Amazônia, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva faz acenos positivos para o ingresso dos Estados Unidos e Canadá no Fundo da Amazônia.
Na Conferência do Clima da ONU (COP27), no Egito, a ex-ministra e deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) conversou com os representantes dos três países e ficou otimista com apoio financeiro deles ao Fundo.
De acordo com a ex-ministra, quando o presidente dos EUA, Joe Biden, foi eleito o Fundo já estava implodido pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).
Em conversa com o enviado especial dos Estados Unidos à COP27, John Kerry, a deputada disse que o Brasil tem interesse na ajuda daquele país ao Fundo Amazônia.
O colunista do UOL Jamil Chade revelou que, além dos país, o governo eleito quer receber ajuda filantrópica ao Fundo Amazônia.
Nas últimas semanas, Lula recebeu propostas e demonstrações concretas de interesse por parte de mega empresários e de fundações privadas.
“Para 2023, o governo eleito quer organizar a viagem de uma missão desses empresários para que conheçam a realidade da Amazônia. No foco do governo está em especial o Bezos Fund, do bilionário americano Jeff Bezos e que promete US$ 10 bilhões para lutar contra mudanças climáticas pelo mundo”, diz o jornalista.
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Bloqueio
Criado em 2008, o programa foi criado para desenvolver projeto de desenvolvimento sustentável na região, mas foi interrompido em 2019 pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).
A Noruega, principal doador, não concordou com a retirada dos representantes da sociedade no comitê orientador pelo então ministro Ricardo Salles que, sem provas, apontou irregularidades nos projetos.
Assim, com a medida, recursos de R$ 3,58 bilhões, depositados Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) até o ano passado, ficaram congelados.
O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou que o governo Bolsonaro foi omisso e determinou à União que adote, no prazo de 60 dias, as providências administrativas necessárias para a reativação do Fundo Amazônia, sem novas paralisações.
Foto: Ricardo Stuckert/PT