Ministra leva aĂ§Ă£o de governadores contra teto do ICMS ao plenĂ¡rio

Rosa Weber determina que o processo vĂ¡ a julgamento imediato jĂ¡ que se trata de um assunto de "relevĂ¢ncia e especial significado para a ordem social e a segurança jurĂ­dica".

Rosa Weber STF

Publicado em: 01/07/2022 Ă s 16:12 | Atualizado em: 01/07/2022 Ă s 16:12

Rosa Weber, ministra do STF (Supremo Tribunal Federal), vai levar diretamente para discussĂ£o em plenĂ¡rio a aĂ§Ă£o de governadores contra a lei que limita a cobrança do ICMS (Imposto sobre CirculaĂ§Ă£o de Mercadorias e Serviços) sobre combustĂ­veis e outros serviços.

No despacho, assinado na quinta-feira (30), a ministra Weber determina que o processo vĂ¡ a julgamento imediato jĂ¡ que se trata de um assunto de “relevĂ¢ncia e especial significado para a ordem social e a segurança jurĂ­dica”.

Na terça-feira (28), governadores de 11 estados e do Distrito Federal protocolaram uma ADI (AĂ§Ă£o Direta de Inconstitucionalidade) com pedido de liminar contra a lei 194 aprovada pelo Congresso que considera combustĂ­veis, telecomunicações, energia elĂ©trica e transporte coletivo bens essenciais.

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A lei limita, entre 17% e 18%, a alíquota do ICMS cobrada pelos estados sobre diesel, gasolina, energia elétrica, comunicações e o serviço de transporte.

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Na aĂ§Ă£o, os governadores afirmam que a lei representa um intervencionismo sem precedentes. Eles acusam o governo federal de querer resolver o problema da espiral inflacionĂ¡ria no Brasil com um truque de “passe de mĂ¡gica”.

O truque a ser tirado da cartola nĂ£o Ă© um coelho, mas uma bomba prestes a explodir no colo de Estados, DF e municĂ­pios”, diz trecho da ADI dos governadores

Eles ressaltam que, em 2021, o ICMS representou 86% da arrecadaĂ§Ă£o dos Estados. Apenas combustĂ­veis, petrĂ³leo, lubrificantes e energia responderam por quase 30% do valor arrecadado com o imposto. Os municĂ­pios, que ficam com 25% da arrecadaĂ§Ă£o do ICMS, tambĂ©m perderĂ£o receitas.

No documento, a ministra Rosa Weber deu 10 dias para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) preste informações sobre a lei. TambĂ©m devem se manifestar a CĂ¢mara dos Deputados e o Senado.

ApĂ³s o prazo, a AGU (Advocacia-Geral da UniĂ£o) e o procurador-geral da RepĂºblica, Augusto Aras, terĂ£o cinco dias para se manifestar.

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Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF