Omar Aziz quer enquadrar ministro da CGU no relatório final da CPI da covid

Segundo Omar Aziz, ministro Wagner Rosário tinha conhecimento de irregularidades no Ministério da Saúde e não tomou providências

Mariane Veiga

Publicado em: 15/09/2021 às 18:32 | Atualizado em: 16/09/2021 às 12:14

O presidente da CPI da covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), defendeu nesta quarta-feira (15) que o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, seja enquadrado no relatório final da comissão por “prevaricação”.

Desse modo, por supostas irregularidades ocorridas no Ministério da Saúde durante a pandemia.

Segundo o Código Penal brasileiro, o crime de prevaricação se configura quando um funcionário público “retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”.

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O ministro já foi convocado pela CPI, mas ainda não teve a audiência marcada.

Em uma rede social, ele afirmou que acusação sem conclusão das apurações é crime de calúnia.

“Senador Omar Aziz, calúnia é crime!!! A autoridade antecipar atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação também é crime!!! Aguardando ansiosamente sua convocação”, escreveu.

Aziz fez a declaração durante depoimento do empresário Marconny de Faria, apontado pela CPI como lobista que atuava a favor da empresa Precisa Medicamentos junto ao governo federal.

Em outubro do ano passado, uma operação realizou busca e apreensão na casa de Marconny e teve acesso a uma série de mensagens do celular do empresário.

De acordo com os senadores, as mensagens indicam que ele tentou fraudar uma licitação com o apoio de Roberto Dias, à época diretor de Logística do Ministério da Saúde.

Também teria feito indicações para cargos no governo federal. Um indicado por ele acabou preso preventivamente na mesma operação.

“O Wagner Rosário é um prevaricador. Como é que ele sabia que o Roberto Dias estava operando dentro do ministério e não tomou providência? O senhor Wagner Rosário tem de explicar não são as operações que ele fez — é a omissão dele em relação ao governo federal. O Wagner Rosário, que tinha acesso a essas mensagens desde 27 de outubro, é um prevaricador”, afirmou Omar Aziz.

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Foto: Pedro Ladeira/ABr