O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou, nesta terça-feira (11), um requerimento pedindo a instalação de uma nova CPI da covid (coronavírus) no Senado.
O objetivo é investigar as ações do governo federal a partir de novembro de 2021, após o fim da primeira CPI.
Para que a comissão seja instalada, ele precisa da assinatura de 27 senadores. Não tem nenhuma, segundo o documento divulgado, conforme publicação do Poder360. Pelas redes sociais, Randolfe detalhou que a comissão focaria nos seguintes temas: vacinação infantil; insuficiência de provisão para doses de reforço; ataques aos servidores da Anvisa; insuficiência da política de testagem; apagão de dados no Ministério da Saúde.
“Não iremos assistir de braços cruzados a continuação da tragédia brasileira! Se a PGR não cumpre seu papel, o Senado vai cumprir. Não iremos ficar calados diante do aumento de casos de COVID-19, da disseminação da ômicron e a sabotagem da vacinação das crianças”, escreveu Randolfe.
“Não atuaremos apenas através de ações no STF. É necessário termos um instrumento, um mecanismo para pressionarmos os criminosos que estão na Presidência. Por isso protocolei hoje requerimento de retomada da CPI da Covid”, afirmou o parlamentar em publicação da Jovem Pan .
O senador atuou como vice-presidente da CPI da covid, que terminou em outubro do ano passado, com a aprovação do relatório que pediu o indiciamento de 78 pessoas e 2 empresas, incluindo o presidente Jair Bolsonaro (PL).
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, também foi às redes sociais dizer que apoia um novo colegiado.
“Há fatos novos e determinados: boicote à vacinação infantil, apagão de dados no MS, tocado por um sabujo, além da explosão de casos. Bolsonaro é um delinquente reincidente. O Congresso está omisso diante do resgate do genocídio. Eles só respeitam CPI”.
Em fevereiro do ano passado, foi Randolfe Rodrigues quem protocolou o requerimento que resultou na CPI da Covid no Senado. A instalação foi determinada em 8 de abril pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso.
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Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado