O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em audiência pública no Senado na tarde desta quinta (11), negou responsabilidade na falta de oxigênio no Amazonas.
A uma série de questionamentos dos senadores, Pazuello apresentou uma linha do tempo para negar que soube com antecedência que ia faltar oxigênio nos hospitais de Manaus , inicialmente no final do ano passado.
Em suma, quis afirmar aos parlamentares que o governo federal ajudava o estado desde os últimos dias de 2020 mesmo sem ter sido avisado de que faltaria oxigênio.
Apesar de ter enviado equipe do ministério a Manaus desde o dia 3 de janeiro, para reuniões com governo estadual e prefeitura, foi só à noite do dia 8 que ouvir falar de oxigênio. E assim mesmo por uma ligação telefônica do secretário de Saúde do Amazonas para pedir apoio para transportar cilindros com o produto.
Pazuello afirmou aos senadores que foi por relatório de força-tarefa do SUS que tomou conhecimento havia colapso nos hospitais e no oxigênio. Só que os seus auxiliares não apontaram diretamente que havia falta do gás medicinal, mas sim um “problema de pressurização na rede de gases entre o estado e o município”.
Sobre isso, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) disse tratar-se de uma mentira porque não existe tal rede compartilhada.
Como resultado das suas primeiras respostas, Pazuello afirmou que essa questão de oxigênio não é competência do seu ministério. “Nem para fabricar, transportar e distribuir”, afirmou.
Tal declaração afronta decisão da Justiça Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinaram que cabe ao governo de Jair Bolsonaro solucionar o abastecimento de oxigênio ao Amazonas.
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Foto: Reprodução/TV