Prisão de hackers dos celulares de Moro foi ordem de Vallisney

O juiz amazonense Vallisney Oliveira, da titular da 10ª Vara Federal de Brasília, foi quem deu a ordem à Polícia Federal para prender quatro dos suspeitos de invadir celulares do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e procuradores da República da força-tarefa da operação Lava Jato.

Para Valliney, há “fortes indícios de que os investigados integram organização criminosa”.

Segundo a Polícia Federal, esses suspeitos presos fizeram mais de mil vítimas, entre elas o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Danilo Cristiano Marques, Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Priscila de Oliveira e Walter Delgatti Neto têm histórico de possíveis crimes que praticaram em conjunto, segundo a polícia.

Suspeito confessa crime

Um deles teria confessado os crimes, disseram hoje, dia 24, delegados da Polícia Federal que cumpriram os mandados judiciais de prisão e busca e apreensão em três cidades paulistas.

Vallisney mandou ainda quebrar o sigilo das mensagens dos investigados, determinando às empresas Apple, Google, Uol/Bol e Microsoft que forneçam os dados cadastrais, os registros IP de acesso e todos os dados e arquivos em nuvem relativos às contas de e-mail dos suspeitos que tenham sido armazenados nos últimos seis meses.

O juiz também autorizou a quebra do sigilo bancário dos quatro presos. Vai ser feita uma varredura em todos os bancos em que os suspeitos tiveram alguma operação neste ano.

Valores superiores a R$ 1 mil disponíveis nas contas dos suspeitos deverão ser bloqueados.

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Alta movimentação bancária

Só um deles, Gustavo, movimentou R$ 424 mil em conta bancária entre 18 de abril e 29 de junho deste ano. Sua companheira, Suelen, movimentou pouco mais de R$ 203 mil entre 7 de março e 29 de maio.

O casal havia declarado ao banco salário na casa de R$ 2 mil, cada um.

Na casa de Gustavo foram apreendidos R$ 100 mil, em espécie.

Fonte: Agência Brasil

Foto: Reprodução/site Metrópoles