Ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid tem assumido um papel de conselheiro-geral do chefe e causado ciumeira no Palácio do Planalto.
Suas interferências, muitas vezes a pedido, alcançam temas relacionados a saúde, economia, meio ambiente, questões jurídicas e sobre o que mais Bolsonaro tiver dúvidas.
Os AJOs — como os ajudantes de ordens são conhecidos nos círculos de poder — atuam como se fossem secretários particulares do presidente em tempo integral.
Discretos, eles são o último anteparo do comandante do Executivo. Por vezes, carregam seus celulares, recepcionam as visitas, anotam demandas e, mais importante, veem e ouvem quase tudo o que se passa com o titular da cadeira mais poderosa do país. No caso de Cid, ele faz isso e mais.
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O militar é criticado por integrantes do governo por supostamente se intrometer em assuntos que não lhe cabem.
Alguns o classificam como excessivamente proativo e, por isso, capaz de criar embaraços desnecessários ao presidente.
Uma das reclamações passa pela forma como Cid atende a demandas presidenciais, buscando respostas por meios próprios, em vez de recorrer às áreas técnicas do governo.
Fluente em inglês e espanhol, além de compreender bem francês e alemão, Cid também faz traduções de artigos.
Logo pela manhã, o militar seleciona reportagens e textos da imprensa que considera importantes para Bolsonaro.
Além disso, recebe centenas de mensagens diariamente no WhatsApp com pedidos de audiência, recados e até denúncias para serem selecionadas e repassadas ao presidente.
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Foto: Alan Santos/Presidência da República