O candidato ao Senado do PSOL, Luiz Fernando Santos (PSOL), com pouco espaço na propaganda de rádio e TV tem usado redes sociais para expor suas ideias a respeito desta eleição, propostas e críticas aos adversário. No último posicionamento que fez esta semana, Luiz Fernando mirou os candidatos tradicionais que buscam retornar ao Senado e questiona porque os mesmos tem cifras na casa de milhões.
“Por que os velhos caciques e neocaciques da política amazonense torram milhões pela vaga de senador? É porque os interesses são estranhos, alienígenas, aos interesses da massa de trabalhadores, caboclos, indígenas, do Estado”, questiona o candidato.
Reformas
“Para avançar uma política de desmonte do mundo do trabalho, da nação, é preciso que estes caciques sejam conduzidos ao senado. E lá, eles vão nos impor as contrarreformas que destroem diretos conquistados com muita luta para impor outros, bem ao gosto do capital financeiro, industrial e agrário. Lá, eles farão a Reforma da Previdência que, somada a outras leis que já aprovaram antes (Reforma Trabalhista, Emenda Constitucional 95, Reforma do Ensino Médio, etc.), deixarão um futuro amargo como legado”, opina Luiz Fernando.
Interesse regional
O sociólogo candidato diz que o projeto do capital é desmontar todo o marco regulatório que garante a existência das cadeias ecológicas da região e avançar sobre as terras indígenas “para torná-las mercadorias”. “Não haverá sociobiodiversidade com estes velhos e novos representantes das oligarquias subservientes que dominam a cena local. É urgente mudarmos a rotação desta história. É possível isso. Para tanto, devemos nos mobilizar por candidaturas que partem de um outro ponto de vista, que têm uma outra lógica. Sem isso, a Amazônia queimará”, afirma o candidato do PSOL.
Comitê
Luiz Fernando lançou o comitê da campanha no último sábado, dia 8, duas semanas após o início do período em que havia autorização para pedir votos. O nome do comitê é “Se a Amazônia Fosse Nossa”.
Declarações
Os candidatos ao Senado, Eduardo Braga (MDB) e Alfredo Nascimento (PR) declaram ter recebido até agora 2,5 milhões na campanha. O candidato e deputado federal Hissa Abrahão (PDT) declarou recebimento de R$ 500 mil. Luiz Castro informar ter recebido R$71.564 em doações. Plínio Valério (PSDB) diz ter recebido R$ 502 mil.
Vanessa Grazziotin informar ter recebido R$862.981,73 em doações, até esta terça-feira, dia 11.
Nada a declarar?
Luiz Fernando e o outro candidato do PSOL ao Senado, Rondinely Fonseca, não fez qualquer tipo de declaração sobre gastos e doações até o momento à justiça eleitoral. A declaração de recebimento de doações em dinheiro ou em serviços prestados de sem pagamento, que deve ser estimado em dinheiro, é obrigatória.
A justiça eleitoral, este ano, exige a informação em tempo real e a campanha já tem três semanas.
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