O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou nesta terça-feira (21) que tem 65 das 171 assinaturas necessárias para o requerimento de criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobrás, para investigar supostas irregularidades na estatal e no quadro de diretores e conselheiros da empresa.
Conforme o UOL, Barros está confiante em conseguir o número mínimo ainda hoje.
O pedido é de autoria do líder do PL, Altineu Côrtes (RJ), e de outros deputados aliados do governo, como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Daniel Silveira (PTB-RJ) e Filipe Barros (PL-PR).
“Diante dos impactos absolutamente danosos ao país de eventuais irregularidades no processo de definição de preço dos combustíveis, inclusive quanto aos benefícios corporativos envolvidos, que impactam nos custos, e para que toda a sociedade tenha ciência, com absoluta transparência, dos mecanismos de formação de preços dos combustíveis, apresentamos o requerimento e solicitamos apoio dos pares para a instalação e regular funcionamento da CPI”, diz o requerimento.
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Contramão
Por outro lado, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a criação de uma CPI “não tem a mínima razoabilidade”.
“Acho que não tem a mínima razoabilidade de uma CPI em um momento desse, por um fato desses. Acho que há outras medidas, inclusive de índole legislativa e do Poder Executivo, muito mais úteis para resolver o problema que uma CPI”, disse, após se reunir com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux.
Diferentemente de Pacheco, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a abertura de um inquérito contra a estatal.
Segundo o presidente Jair Bolsonaro (PL), ele e Lira conversaram sobre a CPI, e o deputado alagoano levaria a ideia aos líderes da base.
Desde ontem, Lira tem se reunido com parlamentares na Residência Oficial para tratar do assunto — desde a CPI até projetos que possam alterar a política de preços da Petrobrás.
A reação de Bolsonaro e de Lira ocorreu após a estatal anunciar novos aumentos nos preços dos combustíveis: de 14,26% para o diesel e 5,18% para a gasolina. Segundo Bolsonaro, foi uma “traição para com o povo brasileiro”.
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Foto: Paulo Sérgio/Agência Câmara