Um ex-funcionário da Presidência da República, Marcelo da Silva Vieira, revelou em depoimento à Polícia Federal que Mauro Cid, braço-direito do ex-presidente Jair Bolsonaro, enviou um ofício para tentar resgatar as joias apreendidas pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos.
O ofício deveria ser assinado por Vieira e solicitava a incorporação dos bens pela presidência. As conversas ocorreram por WhatsApp, e não por vias oficiais.
Vieira se recusou a assinar o documento, e durante uma ligação com Mauro Cid, explicou as razões técnicas da impossibilidade de fazê-lo, e Bolsonaro teria concordado.
Vieira era o chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica, responsável por revisar o que poderia ser aceito como presente para o acervo privado presidencial.
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Em outubro de 2021, Vieira foi informado pelo Ministério das Minas e Energia que o ex-titular Bento Albuquerque havia recebido um presente de autoridade estrangeira para ser entregue ao presidente.
Em novembro de 2022, o Ministério das Minas e Energia entrou em contato novamente para organizar a entrega dos itens ao presidente, que ocorreu no Palácio do Alvorada, já que Bolsonaro não estava mais frequentando o Palácio do Planalto.
Leia mais na matéria de Bruno Tavares, Andreia Sadi e Patricia Marques publicada no portal g1
Foto: reprodução