Diversas capitais brasileiras registraram panelaços a partir de 20h30 desta quarta-feira (02), durante o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em cadeia nacional.
O presidente já havia sido alvo destes protestos em março, quando também falou em rede nacional sobre a pandemia e a vacinação contra a covid-19.
Nas semanas seguintes, com o prolongamento da segunda onda da covid-19 e o valor considerado baixo do novo auxílio emergencial, o mandatário sofreu abalo na sua popularidade.
O governo também está sob pressão por causa da CPI da Covid, instalada no Senado para apurar possíveis omissões do governo federal no enfrentamento à crise sanitária.
Leia mais
Em pouco mais de um mês de trabalho, os senadores priorizaram as convocações e depoimentos dos principais membros da gestão Bolsonaro.
No pronunciamento desta quarta, o presidente voltou a defender ações do governo federal para acelerar a vacinação e conter a crise econômica causada pela pandemia.
Ele citou a marca de 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19 entregues pelo governo aos estados, a sanção de nova rodada do Pronampe, que será permanente, e prometeu que todos brasileiros poderão se vacinar até o fim de 2021.
O mandatário também defendeu a realização da Copa América no Brasil, justificando que a competição seguiria protocolos de outros torneios.
“Todos os nossos 22 ministros consideram o bem maior de nosso povo a sua liberdade. Que Deus abençoe o nosso Brasil”, disse Bolsonaro ao encerrar sua fala.
Durante o pronunciamento, que durou cerca de sete minutos, os atos foram registrados em ao menos dezenove capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Recife, Salvador, Belém, Belo Horizonte, Maceió, Ceará, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Goiânia, Manaus, São Luís, João Pessoa, Natal, Florianópolis e Aracaju.
Em São Paulo, manifestantes bateram panela em bairros como Santa Cecília, Vila Mariana, Sumarezinho, Vila Madalena, Alto de Pinheiros, Pompeia e Barra Funda.
No Rio, moradores da Barra da Tijuca, de Copacabana e Jardim Botânico também protestaram.
Leia mais no R7
Foto: Reprodução