Alexandre Saraiva, chefe da Polícia Federal no Amazonas, figura que várias vezes frequentou o noticiário nacional como opção de Bolsonaro para assumir cargos no governo, está em posição de confronto outro bolsonarista raiz.
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Pesquisador da Amazônia pela Ufam, Saraiva não aguentou mais os desaforos do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
Este criticou, no Pará, na semana passada, a maior apreensão de madeira feita na região pela PF.
O delegado da PF do Amazonas preside o inquérito desta ação.
Salles apontou falhas no trabalho dos agentes federais e disse haver elementos para ele achar que as empresas investigadas estão com razão.
Mas, do Amazonas, o ministro recebeu o contraponto:
“É o mesmo que um ministro do Trabalho se manifestar contrariamente a uma operação contra o trabalho escravo”, disse Alexandre Saraiva.
Ele falou isso em entrevista de página inteira publicada nesta segunda-feira, dia 5, pelo jornal Folha de S.Paulo.
O título da matéria diz: “Na Polícia Federal não vai passar boioada “.
A frase lembra a polêmica reunião que Bolsonaro teve há um ano com seus ministros e na qual Ricardo Salles sugeriu ao governo aproveitar a pandemia para liberar ações que favorecessem crimes ambientais.
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Foto: BNC AMAZONAS