O CNJ (Conselho Nacional de Justiça ) abriu, na terça-feira (10), um processo administrativo disciplinar contra a juíza do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) Regiane Tonet dos Santos, e determinou, também, o seu afastamento imediato das funções. A decisão ocorreu após reclamações do Partido dos Trabalhadores (PT) sobre postagens da juíza nas redes sociais.
A sentença se deu a partir de uma série de publicações da magistrada contra o PT e a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL), entre 2017 e 2019.
Tonet também postou ofensas contra os membros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em uma das postagens, a magistrada se referiu à ministra Cármen Lúcia como “incapaz de dirigir uma reunião de condomínio, gagá e confusa”, além de afirmar que o STF se “acovardou, a justiça sucumbiu”.
Tonet divulgava publicações contra integrantes do PT, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Muito mais do que a punição de um mero corrupto, essa condenação materializa os conhecidos jargões de que ninguém está acima da lei e que a justiça atinge a todos”, disse a juíza em um post nas redes sociais sobre a condenação do petista.
O PT argumentou, na reclamação, que as manifestações da juíza do Paraná passavam “ao largo da autorização à manifestação política pública prevista no Provimento n. 71/2018, especialmente considerando a digna função eleitoral por ela exercida junto à 112ª ZE de Guaraniaçu”.
O CNJ determinou, também, que o TRE-PR nomeie um substituto para a jurisdição da 112ª Zona Eleitoral de Guaraniaçu.
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Foto: Rômulo Serpa/Agência CNJ